“Splash – The Band” é um grupo musical de Vila Franca que quer ser diferente
Banda vai animar nos dias 13 e 15 o carnaval do Ateneu Artístico Vilafranquense
Criado em 2007 o grupo musical “Splash – The Band” é constituído por cinco elementos que em comum têm o gosto pela música e são residentes em Vila Franca de Xira. Tocam todo o tipo de temas mas demarcam-se das bandas chamadas “pimba”.
O grupo “Splash – The Band” vai animar os bailes de Carnaval do Ateneu Artístico Vilafranquense (AAV) nas noites de 13 e 15 de Fevereiro (sábado e segunda-feira), com o início do espectáculo previsto para as 22h00. A iniciativa visa voltar a implementar a tradição do carnaval em Vila Franca de Xira, que não se realiza há mais de duas décadas. “Vamos tocar música de carnaval mas não necessariamente “pimbalhada”. Será um repertório que as pessoas à muito não ouvem em Vila Franca de Xira”, avança a vocalista Margarida Arcanjo, 22 anos, única mulher do grupo e conhecida jovem fadista da terra.A banda, formada em Agosto de 2007, é constituída por cinco elementos que em comum têm o gosto pela música e são residentes em Vila Franca de Xira. Sérgio Reis, 53 anos, é o baixista e o “pai da banda”. Luís Figueiredo, 37 anos, é professor de música e toca saxofone e trompete. Vasco Reis, 29 anos, é o baterista e Rogério Nunes, 28 anos, toca piano. “Este projecto nasce com o objectivo de se criar um grupo que faça um trabalho de animação musical diferente daquele que se faz habitualmente. Com um repertório diversificado”, revela Sérgio Reis.Os membros do grupo afirmam não ter nada contra a “música pimba” ou música tradicional portuguesa, mas demarcam-se desse tipo de registo e recusam ser um grupo de animação de arraiais. Tocam “covers” de praticamente todas as bandas e cantores. Valsas, passos dobles, rock, pop ou slows são alguns dos géneros musicais que mais vezes cantam em palco.Sobre se as pessoas de Vila Franca de Xira estão preparadas para ouvir um tipo de repertório diferente, a resposta é clara. “Estamos a tentar. Com o nosso género musical pretendemos fazer uma festa diferente daquela que as pessoas estão habituadas”, explica Rogério Nunes que, no passado, fez parte da banda do AAV.O grupo é convidado para actuar em casamentos, congressos e todo o tipo de festas. Mas lamentam que, apesar de haver mercado em Vila Franca de Xira e nas terras à volta, não sejam tão procurados como desejariam. “Existem espaços nestas zonas que são propensos a eventos de diversa índole, mas não há promoção das entidades locais. Públicas ou privadas. Faz-se muito pouco para chamar pessoas de fora do concelho”, crítica Sérgio Reis, que acrescenta que as ilhas são dos locais onde mais vezes actuam.A banda refere que, nas últimas três décadas existiram, no máximo, três grupos musicais em Vila Franca de Xira, que foram importantes na época. “Neste momento existem “Os Miúdos da Rua”, que só trabalham no Verão, e existimos nós. Apenas duas bandas completamente diferentes”, afirma Sérgio Reis.“O que sinto é que tudo o que está ligado à tauromaquia tem todos os apoios necessários e mais alguns. Mas do ponto de vista musical, Vila Franca de Xira, tem muitos e bons músicos. Mais do que se possa imaginar. Mas musicalmente, tirando as festividades habituais, que trazem grandes nomes, não vejo acontecer mais nada”, lamenta Rogério Nunes. Apesar das dificuldades, o projecto “Splash – The Band” é para continuar.
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