Câmara de Tomar aprova orçamento de 61 milhões para 2010
Na reunião foi também aprovado o orçamento para os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento
Bastou pouco mais de uma hora para que o executivo camarário de Tomar aprovasse na manhã de quinta-feira, 11 de Fevereiro, as grandes opções do plano e o orçamento do município para 2010 no valor de 61 milhões e 181 mil euros, representando um acréscimo de 11 por cento em relação ao orçamento do ano anterior. O documento foi aprovado pela coligação PSD-PS, com os votos contra dos vereadores do grupo “Independentes por Tomar”. Na reunião extraordinária foi ainda aprovado, também por maioria, as grandes opções do plano e orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Tomar no valor de 2 milhões e 291 mil euros. De acordo com o presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa (PSD), este orçamento reflecte “a estratégia” que o município defende para a administração dos fundos comunitários que se encontram à disposição do concelho e que não podem ser desperdiçados. “Defendemos a renovação do parque escolar, para satisfazer melhores condições de aprendizagem para as gerações futuras e o desenvolvimento do turismo retirando mais proveito das condições naturais e património do concelho”, frisou o autarca que salientou o “equilíbrio” existente entre “as despesas dos investimentos em curso e as receitas expectáveis sem empréstimos”. Corvêlo de Sousa realçou que o orçamento contempla um aumento significativo em despesas na área social tendo em conta a actual situação económica e financeira. O vereador Carlos Carrão (PSD) fez a análise das principais rubricas do orçamento. Por exemplo, são obras contempladas com verbas inscritas: a EB2/3 Nuno Álvares no valor de 8 milhões e 126 mil euros (obra mais equipamento); o Centro Escolar dos Casais no valor de 2 milhões 410 mil euros; a requalificação da EN110 - onde se destaca o troço entre o nó do IC9/ Venda Nova e o Regimento de Infantaria XV - em cerca de 3 milhões de euros. “Para além do Complexo Museológico da Levada que contempla uma verba de 1 milhão e 208 mil euros, temos a verba de conservação da rede viária, que vai muito de encontro às expectativas dos presidentes de junta de freguesia, no valor de 2 milhões 265 mil euros”, sublinhou Carlos Carrão. Outras obras são a da requalificação da envolvente ao Convento de Cristo (600 mil euros), a requalificação da Mata dos Sete Montes (700 mil euros), a integração do município de Tomar na “Rede de Mosteiros Património Mundial da Humanidade” (224 mil euros), a terceira fase de intervenções no Bairro do Flecheiro (650 mil euros) e a requalificação na Praceta Alves Redol (560 mil euros). Os vereadores do Partido Socialista (PS) sublinham que este orçamento é “o maior até hoje apresentado” e dá continuidade aos objectivos estratégicos de investimento nas infra-estruturas escolares, com verbas protocoladas pelo Ministério da Educação. “Algumas das propostas do PS ao longo destes últimos anos foram sendo inseridas nos orçamentos da câmara, o que significa um caminho que, no bom sentido, vem sendo trilhado”, apontam, realçando como exemplo disto a obra que se vai fazer na EN110. Já os vereadores do grupo “Independentes por Tomar” votaram contra um documento que apresenta um orçamento “irrealista” e que “a concretizar-se só contribuirá para agravar a já incomportável situação financeira do município”. Pedro Marques e Graça Costa criticam o documento que agora “tem uma postura pseudo-democrática, elaborada a cinco mãos e “requentado na sua forma e conteúdo”. As grandes opções do plano e o orçamento de 2010 vão ser discutidas e aprovadas na próxima sessão da Assembleia Municipal de Tomar, marcada para dia 26 de Fevereiro.“População não pretende roturas paralisantes” Numa declaração de voto, os vereadores do Partido Socialista (PS) fizeram questão de explicar porque votam ao lado do PSD a favor do orçamento 2010. “Cremos que mais do que paralisar opções anteriores, todo o nosso empenho se deve centrar em primeiro lugar na eficácia do processo e do resultado”, afirmam. José Vitorino e Luís Ferreira apontam que, sobre as opções do passado, já tomaram posições claras. “O exercício de oposição, de grande valia enquanto contraponto de ideias, ganha agora contornos de responsabilidade na gestão de um processo de partilha na gestão do possível” sublinham acreditando que “a população não pretende roturas paralisantes”.
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