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Dionísio Abreu de Campos 63 anos, comercial, Santarém

Dionísio Abreu de Campos 63 anos, comercial, Santarém

“Há muita coisa por fazer numa cidade como Santarém, que parou no tempo. O centro histórico fica escuro e deserto à noite, não se vê ninguém a partir de determinada hora. Os comerciantes dizem que não abrem porque não vêem ninguém”

Em que o faz pensar as imagens da tragédia na Madeira?Têm-me chocado porque há cerca de cinco anos estive na Madeira, com a Casa dos Beirões do Ribatejo, e verificámos os locais onde as pessoas constroem as suas casas. Os engenheiros das câmaras não têm, muitas vezes, preocupação em localizar as construções onde realmente se pode edificar. E isso deve ser precavido no futuro.Agora que acabou o Carnaval, o que lhe diz a Páscoa?Existem duas datas importantes no ano, o Natal e a Páscoa, quando as famílias se podem juntar e quando sabemos que as pessoas se isolam cada vez mais. A Páscoa junta famílias e deve contribuir para que as pessoas se perdoem mais umas às outras.Que características detecta na mulher ribatejana?Sou beirão, de Penamacor, e estou em Santarém desde 1969, mas acho que 60 por cento da população ribatejana tem origem nas Beiras. Quanto às mulheres as mentalidades têm mudado muito. Falando sem malícia, se calhar as ribatejanas têm um bocadinho mais de vaidade. Já foi provar o magusto durante o festival que decorre em restaurantes de Santarém? Vai visitar o Mês da Enguia em Salvaterra de Magos?Ainda não tive oportunidade em Santarém, mas como várias vezes magusto por ser um prato que aprecio. Quanto às enguias, já comi em Benfica do Ribatejo e em Marinhais. Gosto, mas não é prato que me leve a ir de propósito a um local.O que faria em primeiro lugar pela sua cidade?Há muita coisa por fazer numa cidade como Santarém, que parou no tempo. O centro histórico fica escuro e deserto à noite, não se vê ninguém a partir de determinada hora. Os comerciantes dizem que não abrem porque não vêem ninguém. Penso que devia haver iluminação melhor no centro da cidade que leve as pessoas a ali irem com mais segurança e, por consequência, que mais estabelecimentos abram depois das 19 horas. Entregaria às autoridades um envelope com dinheiro que encontrasse na rua?Sou bastante humilde e gosto de praticar o bem, se bem que às vezes a pessoa põe em dúvida se o que é devolvido chega mesmo ao seu dono. Entregaria, porque também sempre gostei de dormir descansado.Como é que os beirões do Ribatejo se mantêm mais unidos?Há dez anos iniciei a Casa dos Beirões do Ribatejo e o objectivo é ajudar as pessoas e termos uma sede própria. Esperemos que esse dia chegue. Há muitas pessoas em dificuldade e queremos uma casa aberta a toda a gente, beirões ou não, para conforto, companhia e convívio.
Dionísio Abreu de Campos 63 anos, comercial, Santarém

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