Após a bem sucedida experiência do ano passado, as Tertúlias do Museu de Arte Sacra e Etnologia de Fátima vão regressar, com a primeira sessão a realizar-se já no próximo dia 26, sexta-feira. O projecto é uma parceria entre o Museu e a Junta de Freguesia de Fátima, que dividirão a escolha dos temas. Este encontro debaterá “Fátima e o Turismo Religioso”, tendo como oradora Graça Poças Santos. Realiza-se às 21h35, no Museu de Arte Sacra e Etnologia.As tertúlias estão marcadas para a última sexta-feira de cada mês. O presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Natálio Reis, sublinhou com ênfase o tema de Março, “preparar Fátima para 2017”, ano das comemorações do centenário das Aparições. A sessão, segundo explicou, funcionará enquanto fórum de debate, de modo a que a sociedade civil possa apresentar as suas ideias para a data. O autarca destacou que o momento “é um dos acontecimentos mais marcantes” que ocorrerão em Fátima e em Portugal, pelo que deve ser preparado com antecedência, ouvindo as opiniões da população.Por seu lado, o director do Museu, Gonçalo Cardoso, sublinhou a necessidade da instituição se abrir ao exterior, tendo havido apelo dos cidadãos para o regresso das tertúlias. Os serões vão contar com a participação do Conservatório de Ourém-Fátima, com momentos musicais, e a apresentação de uma peça do Museu de Arte Sacra e Etnologia.Alguns temas ainda estão por definir, mas em Abril o debate incidirá sobre o “Ser artista em Fátima”, promovido pelo grupo de alunas do Centro de Estudos de Fátima (CEF), o “Arte On”, que também trouxe à cidade recentemente o Roteiro Artístico, com trabalhos de profissionais da região. Em Setembro, a Junta de Freguesia de Fátima leva a cabo a discussão sobre “Fátima e a Primeira República”, realizando todas as sextas-feiras daquele mês conferências a respeito. Neste âmbito será apresentada a digitalização on-line do arquivo de Fátima e realizar-se-á uma exposição com algumas dessas actas. A junta de freguesia fez ainda saber que planeia lançar uma publicação com uma série de crónicas, datadas de 1923, de um jornal de Santarém da época, marcadamente republicano, que se destacou enquanto última tentativa para acabar com o fenómeno mariano. O título do periódico em questão será divulgado na ocasião.