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Um grupo etnográfico que quer sobreviver sem contar o subsídio garantido

Um grupo etnográfico que quer sobreviver sem contar o subsídio garantido

Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja comemora 53 anos fortalecido

Gente jovem e vontade de dar continuidade à associação sem depender dos subsídios. Foi com este espírito que o Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja comemorou o 53º aniversário depois de alguns anos difíceis.

O Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja está a assinalar 53 anos com mais elementos e vontade de continuar sem depender exclusivamente de subsídios da câmara e junta de freguesia. “Há três ou quatro anos o grupo atravessou uma fase menos boa. Foi um ano terrível para o grupo adulto. Pela primeira vez no seu historial nem conseguimos fazer o festival internacional de folclore por falta de elementos, mas com a nossa humildade estamos a tentar conseguir levar o barco a bom porto”, revela com dinamismo o presidente da direcção, Francisco Santos. O dirigente grante que depois dos dias mais negros que se abateram sobre o grupo o Ceiferias e Campinos está mais forte. “Temos mais gente e mais actividades dentro do grupo”, diz o responsável que admite que a sede se torna pequena para desenvolver o trabalho que gostariam. Apesar de poucas possbilidades de erguer uma nova sede, que é um espaço propriedade da Câmara de Azambuja, a direcção não tem um discurso negativo e prefere lutar para conseguir mais condições para o grupo, apesar das dificuldades financeiras que existem sempre.“Muita gente reclama pelos subsídios. Claro que é uma peça importante para as despesas, mas acho que as direcções também têm que fazer alguma coisa. Felizmente isso tem acontecido e não estemos só à espera do subsídio”.Francisco Santos revela que o grupo tem feito peditórios nos mercados, a par da organização de algumas festas e de eventos como a noite ribatejana. “Se as direcções estivessem à espera dos subsídios da câmara ou junta – já que não há apoios do Governo central – não nos conseguíamos manter. Dirigir não é só ficar à espera dos subsídios. O mais difícil é ir para o terreno”.Franciso Santos lembra ainda que a população ajuda porque reconhece o prestígio do grupo que já passou fronteiras. “As pessoas acreditam em nós e em qualquer lado há sempre mais um contributo para oferecer. Fruto do que o grupo tem feito ao longo dos anos”. Actualmente a média de idades no grupo ronda os 30 anos.O Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja assinalou o aniversário no domingo, 21 de Fevereiro. A data foi assinalada com uma romagem aos cemitérios de Azambuja, Vila Nova da Rainha, Ereira (Cartaxo), Manique do Intendente e Tagarro, pelas 9h00. Seguiu-se uma missa na Igreja Matriz, às 11h00, em honra dos componentes já falecidos. A festa estava marcada para o largo do município, mas a chuva empurrou o público e os dançarinos para o salão dos Bombeiros Voluntários de Azambuja. Pelo palco passaram “Os Tradicionais Rapazes da Grade e Raparigas da Monda”, Grupo Tradicional “Os Casaleiros” e o grupo aniversariante: Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja que aproveitou para distribuir diplomas aos componentes e agradecer a quem se dedica de corpo e alma à causa do foclore na terra.
Um grupo etnográfico que quer sobreviver sem contar o subsídio garantido

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