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Associação de Futebol de Santarém inaugurou sede no centro da cidade

Associação de Futebol de Santarém inaugurou sede no centro da cidade

O presidente Rui Manhoso foi crítico no seu discurso de inauguração

A inauguração da nova sede da Associação de Futebol de Santarém, balançou entre a satisfação e as críticas contundentes do presidente ao futebol do Inatel, à “opressão” fiscal e à falta de um estatuto de dirigente desportivo amador.

A Associação de Futebol de Santarém (AFS) inaugurou, dia 20 de Fevereiro, a sua nova sede social, localizada num imóvel situado na Rua Pedro Santarém, remodelado e equipado com os equipamentos necessários de forma a criar condições de funcionalidade, conforto e níveis de serviço compatíveis com as exigências dos clubes e jogadores.O acto de inauguração contou com a presença da governadora civil de Santarém, Sónia Sanfona, do presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, José Sousa Gomes e do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl. O presidente da AFS, Rui Manhoso, visivelmente emocionado por ter conseguido concretizar o sonho de dotar a associação com uma sede com todas as condições, foi crítico no seu discurso.Antes os restantes dirigentes da AFS tinham surpreendido Rui Manhoso com uma homenagem simples, dando o seu nome ao auditório onde se realizou a cerimónia de inauguração. “Um pequeno auditório que fica à disposição de todas as entidades”.“A nova casa do futebol do distrito de Santarém”, como foi apelidada por Rui Manhoso, custou cerca de 450 mil euros, sem que isso levasse ao afastamento das propostas da Associação e sem aumentar os encargos dos clubes.Perante as autoridades presentes, Rui Manhoso lamentou A suspensão do Torneio do Vale do Tejo. “Um torneio que chegou a ombrear com os melhores torneios que se realizam na Europa”. Condenou a “discriminação” existente entre o Inatel e as associações. “É inconcebível que os impostos de todos nós financiem um desporto que supostamente deveria ser para os trabalhadores e que hoje está transformado numa competição desportiva, concorrencial aos campeonatos regionais, fazendo com que alguns dos nossos clubes optem por deixar os campeonatos distritais de seniores, continuando filiados na associação para que os mais jovens continuem a praticar a modalidade, porque no Inatel não há desporto para jovens”, disse com azedume.O presidente da AFS, aproveitou a presença dos convidados para “exigir” a revisão de vários problemas que afligem os clubes desportivos, alertando para a necessidade de deixar de haver preconceitos para com o futebol. “O escândalo do policiamento, que é uma obrigação do Estado, e é pago pelos clubes é ruinoso. O apoio do Governo não chega a um por cento. O desporto amador merece uma política mais realista”, referiu.A questão da fiscalidade, o flagelo dos jovens árbitros e o estatuto do dirigente amador, estiveram também em cima da mesa na intervenção de Rui Manhoso. “Os cursos de árbitros abrem e fecham quase sem candidatos, porque os normativos fiscais que obriga a pagamento do IRS, visa apenas o afastamento dos jovens”, referiu. O ataque aos dirigentes desportivos é outra pedra no sapato do dirigente. “São muitos os homens e mulheres que trabalham incansavelmente para que os jovens possam praticar desporto, nada recebendo em troca, e ao contrário do que se passa no desporto profissional, chegam ao ponto de ver colocados os seus próprios bens em causa. É preciso que o Estado tenha a coragem de rever estas situações e aprove o estatuto de dirigente desportivos amador”. As críticas de Rui Manhoso foram subscritas pelos presidentes da Associação de Futebol de Lisboa e pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Gilberto Madaíal foi ainda mais longe no elogio ao trabalho da direcção da AFS. “Conseguiram concretizar um sonho. Um sonho que eu também tenho acalentado sem o conseguir fazer sair da minha cabeça”, lamentando assim o atraso na construção da Casa das Selecções. Em relação às outras críticas, Madaíl garantiu que tudo tem feito para que elas se resolvam. “Não foram resolvidas porque o futebol apesar de idolatrado quando as coisas correm bem, é uma área que provoca um conjunto de ressentimentos relativamente a outras modalidades e por isso há o receio de se fazerem coisas para o futebol que as possam minimizar ou desconsiderar”.
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