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Hermenêutico Serafim das Neves

O Dia Internacional da Mulher está à porta e eu já me sinto a transbordar de felicidade. Dia 8 de Março é para nós homens o dia da liberdade. Um 25 de Abril antecipado. Abençoadas feministas que tanto fazem pelo nosso bem-estar. A minha Maria vai para um convívio onde só entram mulheres. Pela primeira vez este ano, livro-me dela sem ter que inventar desculpas. Suspiro pela chegada dessa manhã libertadora. Ando farto de ser obrigado a acompanhá-la aos saldos, ao super-mercado, a casa da minha sogra. Este ano o Convento de Cristo também alinhou na iniciativa de fazer do oito de Março um dia de felicidade para todos os homens da região. Dá-nos uma hora inteirinha para contemplarmos a Joana Amaral Dias e a seguir liberta-nos da obrigação de jantarmos com as nossas mulheres ou namoradas. A função começa às 20h00. A bela Joana fala sobre “Paranóias Reais”. Paranóias parece-me um bom tema. Se fossem paranóias sexuais dava mais pica mas um pouco de sofisticação também se aguenta. Pelo sim, pelo não, vou levar o meu iphone. Se me cansar da voz, concentro-me noutros atributos da oradora ao som de um qualquer concerto de cítara. Plóing…plóing…plóing…A seguir à palestra e para não nos estragar a noite, segue-se um jantar onde só podem entrar mulheres. A partir desse momento estamos livres. Totalmente livres e sem qualquer controlo nem constrangimento. Os jantares de mulheres são altamente terapêuticos para os homens. Eu por mim subscrevo qualquer petição para mais Dias Internacionais da Mulher se elas prometerem que nesse dia não querem ver homens por perto, nem ao pequeno-almoço, nem ao almoço e muito menos ao jantar. Já sabes, a seguir à Joana Amaral Dias encontramo-nos na tasca do Raimundo para ver o DVD com os melhores momentos do Grupo de Forcados Amadores de Santarém e para uns bons nacos de toiro bravo regados a tinto de boas cepas Templárias.E agora para algo que não mete a Joana Amaral Dias. Serafim, o que me dizes do Complexo Jubileu de Alcanena? Foi inaugurado com direito a benzedura do Bispo em 2000, o ano do Jubileu e ao fim de 10 anos continua a receber energia eléctrica do contador da obra. Há quem diga que faltam 30 mil euros para a parte eléctrica. Eu acredito mais nos valores da solidariedade cristã. O empreiteiro aguentou o quadro provisório utilizado para o período da construção, por ser um homem bom e generoso. A empresa foi à falência mas ninguém o pode acusar de qualquer heresia. Uma década a dar luz a uma casa de Deus…é obra!!! Já agora falo-te também dos quatro autocarros da Rodoviária que arderam no terminal de Tomar. Será uma medida suficiente para relançar o mercado automóvel na cidade? Se cada autocarro levar em média 40 passageiros, são 160 pessoas a precisar de transporte. Achas que o Ministro da Economia está em guerra com o Ministro dos Transportes? Terá essa eventual guerra relação directa com o incêndio? Eu por mim vou continuar atento ao suplemento “Escutas” para saber pormenores das conversas dos motoristas. Acho que um deles disse no dia anterior à mulher, num telefonema que lhe fez da zona da Sertã, que queria os jaquinzinhos bem estorricados… Um abraço incendiário Manuel Serra d’Aire

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