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Pela pesca e contra a poluição

Pela pesca e contra a poluição

O vento sopra gélido mas um grupo de cerca de 20 adeptos da pesca junta-se na Vala d’Asseca, entre Vila Chã de Ourique e Vale de Santarém, durante uma manhã de domingo. As águas da vala correm agora mais límpidas, devido às chuvas recentes, e vários barbos de tamanho grande caíram na tentação dos anzóis das canas de pesca, atraídos pelo isco de lagostins. Na vala, garantem, há ainda carpas, tainhas e enguias. Apesar do gosto pela pesca, o que mais move os pescadores é a luta e o alerta pela despoluição da vala que recebe muitos esgotos sem tratamento das duas freguesias. Os pescadores autodenominam-se “Amigos da Vala d’Asseca contra a Poluição” e integram a Secção de Pesca Desportiva da Sociedade Recreativa Operária (SRO) do Vale de Santarém. Como explica Carlos Fernandes, o objectivo é tirar partido das condições naturais da vala, junto ao dique. “Gostaríamos de criar aqui uma concessão de pesca desportiva, com um paredão e pesqueiros, mas com esta poluição não conseguimos. Queremos chamar a atenção de todos, até pelo risco de saúde pública”, refere.António Baeta junta-se à conversa para lembrar que nos últimos 40 anos os homens fizeram mais mal àquele curso de água do que somando os 80 anos anteriores. “O meu avô vinha aqui e tomava banho e bebia água. Em miúdo, a água passava limpa e eu molhava o lenço na água, que vinha límpida, para me refrescar. Hoje é o que vemos”, lamenta. Os pescadores espalham-se ao longo do dique entre as nove da manhã e a uma da tarde. No final da pescaria faz-se o peso das capturas para distribuir prémios aos primeiros classificados. Os barbos, que permaneceram nas redes dentro de água durante a pescaria, são devolvidos à vala. O convívio segue com uma almoçarada em casa de um dos convivas. Ricardo Carreira
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