Tiago Santos
Director de loja da Decathlon, 28 anos, Santarém
É um apaixonado por desporto, principalmente pelo futebol e pelo ciclismo. Tiago Santos, nasceu a 1 de Março de 1982 e aos 28 anos é o director de loja da Decathlon de Santarém. É natural de Lamego, cidade à qual ainda está muito ligado afectivamente e onde passa férias todos os anos. Considera que o sucesso de nada vale sem o apoio da família.
Nasci em Lamego, cidade onde vivi até aos meus 18 anos. Desde a infância sempre estive muito ligado ao desporto. Joguei futebol no Craques Clube de Lamego até aos meus 16 anos. Queria ser ponta de lança, mas por ser muito alto puseram-me a jogar a central. Lamego é uma cidade que tem um grande fervor religioso. Os meus pais são muito religiosos e eu acabo por usufruir dessa educação. Respeito muito a Nossa Senhora dos Remédios. Acredito muito na autodeterminação dos povos e gostava de ver as diferentes culturas. Foi isso que me levou, aos 18 anos, a ingressar no curso de relações internacionais, na Universidade do Minho. Naquela altura a minha visão, não só profissional mas de vida, passava um bocado por descobrir os países da Europa e do mundo.Foi no final da minha licenciatura que despertei a sério para o desporto. Quando ingressei como voluntário no Mundial de Vela com a selecção portuguesa, na Áustria, que era representada pelos atletas olímpicos, como o Gustavo Lima. Descobri uma empresa inglesa que fazia a concepção dos barcos de vela, chamada Laser Company, e vi que era possível associar a prática do desporto à gestão.Um coração cheio de afectos vale mais que uma taluda da lotaria. O meu primeiro emprego foi num centro de apoio a crianças desfavorecidas, em Braga. Tinha 22 anos. Quando morava em Lamego tínhamos uma Casa do Gaiato muito perto de onde eu vivia. E tinha amigos que tinham família e carinho e outros que não tinham nada. Isso marcou-me muito na minha adolescência e foi por isso que esta foi a minha primeira experiência profissional.Nunca me vi muito com fato e gravata e sentado num escritório. Comecei a trabalhar na Decathlon em 2006, na Maia, como responsável de desporto na secção de ciclismo e oficina. Os meus pais viam o meu curso de relações internacionais ligado ao fato e gravata. Quando a minha mãe me visitou eu estava com óleo na testa e com ferramentas a afinar bicicletas e não compreendeu. Mas na verdade estava feliz. Estava no meu desporto, no meu mundo. Apesar de estar com o óleo na testa, eu era o chefe da secção.Todo o dinheiro do mundo sem a família não vale nada. Considero-me uma pessoa profissionalmente bastante feliz, mas não tinha piada se não tivesse a minha família e o apoio dos meus pais. Até hoje não conheci ninguém que tivesse felicidade na carreira sem o apoio da família. A educação da minha mãe e a liberdade do meu pai fizeram de mim o que sou hoje.O único sítio onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Esse é o meu grande lema. Tem de se trabalhar e ser esforçado não chega. É preciso procurar formação e informação para optimizar a nossa organização e gestão. Não tenho um horário fixo de trabalho. Tenho a minha organização e o meu modelo de gestão que permitem que possa conciliar o meu trabalho na Decathlon com o desporto e a minha vida pessoal e social. O meu local favorito para férias é a Quinta da Capela, onde moram os meus pais. O meu próximo plano de férias é ir de bicicleta a Santiago de Compostela. Outro que gostava muito de fazer era ir de Santarém a Lamego, de bicicleta. Sou completamente apaixonado por música. Se não tivesse ingressado no ensino superior ou seria futebolista ou seria músico. É o meu grande passatempo, para além do desporto. Adoro passear, andar de bicicleta e jogar futebol e estar com os amigos. Gosto também de ir ao cinema e teatro. Coldplay foi um concerto que me ficou na memória. Soube que os Cold-play iam dar um concerto no Royal Albert Hall, em Inglaterra, e estava completamente esgotado. Mas eu não desisti e fui para a “porta do cavalo” onde estava uma segurança que era de Angola. Mostrei-lhe o Bilhete de identidade e disse-lhe que tinha vindo de Portugal para ver os Coldplay. Estivemos cinco minutos à conversa e ela lá me deixou entrar. Foi um concerto que me marcou. Patrícia Cunha Lopes
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