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Leonel Ferreira Mendes

28 anos, Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho, Fátima

“Acho que a cultura é uma tábua de salvação para as pessoas terem uma forma de viver a vida para além da crise”

O que faz falta na sua região?O que faz falta, no país todo, é as pessoas terem sensibilidade para os riscos que existem no dia-a-dia e as entidades patronais apostarem mais na segurança. Essa vertente pode trazer mais-valias para as empresas, com os próprios trabalhadores satisfeitos, o que faz com que produzam mais. Vão para o trabalho satisfeitos e saem do trabalho satisfeitos e podem dar uma maior qualidade de vida à sua família. O que gostaria de ver mais no seu concelho?Acho que deviam apostar mais na vertente cultural. Porque são as pessoas que fazem o país e as pessoas andam insatisfeitas. Pela crise que está instaurada, pela forma como as coisas estão, cada vez pior. E acho que a cultura é uma tábua de salvação para as pessoas terem uma forma de viver a vida para além da crise. De uma forma mais fácil, mais alegre. Ourém e Fátima se apostarem nisto acho que têm potencial. Não é só a religião que chama as pessoas. O que diria ao primeiro-ministro José Sócrates se o conhecesse?As pessoas dizem que ele faz algumas coisas mal. Eu não concordo com isso. Também não concordo que ele faz as coisas todas bem. Acho que ele devia de apoiar as empresas de forma a que conseguissem dar mais aos seus trabalhadores. Apoiando as empresas, por exemplo as que trabalham para o sector público, que passam muitos anos à espera de pagamentos e que acabam por pôr em risco o posto de trabalho de muitas pessoas. Ao apoiar as empresas de certeza absoluta que ele ia ter um retorno muito favorável e as pessoas andavam mais satisfeitas.Onde vai estar nos dias 12 e 13 de Maio em Fátima?Eu queria ver se estava longe. Nos dias 12 e 13 é uma confusão que não se pode e depois não há respeito por quem trabalha aqui e não tem nada a ver com o que se passa nesses dias. Eu respeito muito as pessoas que são religiosas e respeito as pessoas que vêm a pé para cá. Acho que é preciso ter muita força para ter essa atitude. Mas as outras pessoas que vivem cá e não vivem disso precisam de ser respeitadas. Por exemplo, a empresa onde eu trabalho está na Avenida das Árvores e eu sempre que quero ir trabalhar não posso porque aquilo está tudo cortado. Acho que devia haver uma coordenação das forças policiais para respeitar as pessoas que vão trabalhar. O que pensa do Papa?O Papa era uma entidade que podia ter muita força a nível mundial e acho que não exerce essa força como deve ser. Nós já estamos no século XXI e hoje em dia as coisas já deviam estar de outra forma. A mentalidade que existe está muito retrógrada. Acho que as pessoas deviam apostar na inovação, com todo o respeito que deve haver. O Papa sozinho podia mudar muita gente.

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