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Histórias do “cavaleiro dos ferros impossíveis”

Histórias do “cavaleiro dos ferros impossíveis”

Vinte cinco anos de carreira de Rui Salvador reunidos em fotobiografia

Evento reuniu no sábado meio milhar de pessoas em Tomar.

“Estávamos os dois a brincar na antiga casa. O Rui tinha entre 3 e 4 anos e andava a brincar com uns carrinhos quando caiu de cima da cama e bateu com a cara numa quina. Fez um rasgão enorme na cara. Lembro-me de ter ido a correr para a cozinha a gritar: Mãe, o mano morreu”. Esta história curiosa, contada na primeira pessoa por Isabel, irmã de Rui Salvador, explica uma das muitas cicatrizes que o cavaleiro tem na cara e que não resultou de uma luta na arena. “Quando tinha dez anos, o Rui decidiu ser toureiro e eu tive receio. É difícil para uma mãe imaginar o seu filho tão jovem a enfrentar a investida impetuosa de um toiro”, revela, por seu lado, Ilda Salvador, no prefácio. Estas são apenas algumas das muitas confidências reveladas ao longo de 120 páginas na fotobiografia “O cavaleiro dos ferros impossíveis”, apresentada na tarde do último sábado, 13 de Março, na Quinta do Falcão, em Tomar. A obra, com coordenação e textos da Justo Realce, foi editada pelo município de Tomar e pretende ser uma homenagem aos 25 anos de alternativa do cavaleiro Rui Salvador nascido em Lisboa há 45 anos mas assumido tomarense. As fotos publicadas foram retiradas do álbum de família e retratam episódios da sua carreira como as primeiras lides ou a alternativa no campo pequeno em 9 de Agosto de 1984, mas já tinha toureado nesta praça em 1978: “Estava nervoso porque além de ser a primeira vez nesta praça os meus colegas de liceu estavam presentes”.O evento congregou mais de quinhentas pessoas e juntou na mesma sala nomes sonantes do mundo tauromáquico como Ana Baptista e António Ribeiro Telles ou ainda do espectáculo como o cantor/compositor Carlos Alberto Moniz. “Uma forte demonstração de carinho que me deixou muito sensibilizado”, confessou Rui Salvador a O MIRANTE. E foram muitos os que quiseram sair do espaço com o livro autografado. O momento foi enriquecido quando Corvêlo de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Tomar, anunciou que já se encontra na cidade uma rua com o nome do cavaleiro, nas imediações da Praça de Touros baptizada com o nome do seu pai, José Salvador. Antes da sessão de autógrafos, Rui Salvador entrou no “Tentadero” da quinta para apresentar a quadra de cavalos para a temporada de 2010 e lidou um novilho, que se mostrou pouco cooperante, da Ganadaria José Salvador. A exibição durou aproximadamente uma hora e contou com a participação de elementos de vários grupos de forcados e recolheu da assistência fortes aplausos. “Com Deus, com arte, com raça e com paixão” eram as palavras que José Salvador, costumava dizer sempre antes do filho entrar para a lide. Hoje são proferidas pelo apoderado José Carlos Amorim. E é deste modo que Rui Salvador quer continuar a fazer o que mais sabe e gosta.
Histórias do “cavaleiro dos ferros impossíveis”

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