Trabalhadores da Platex vão reclamar pagamento de 3 milhões
Assembleia de credores está marcada para dia 1 de Abril em Lisboa
Mais de metade dos cerca de 200 trabalhadores já se inscreveu para participar na assembleia de credores.
Os trabalhadores da IFM/Platex, de Tomar, estão a mobilizar-se para participarem, dia 1 de Abril, na assembleia de credores, no âmbito do processo de insolvência da empresa, da qual reclamam um crédito da ordem dos 3 milhões de euros. Reunidos em plenário, os trabalhadores da unidade de produção de fibras de madeira fizeram um ponto de situação do processo de insolvência e aprovaram o conjunto de acções de luta a desenvolver nas próximas semanas, disse Aquilino Coelho, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e Madeiras.Segundo disse o sindicalista, mais de metade dos cerca de 200 trabalhadores que meteram o processo pelo sindicato já se inscreveu para participarem na assembleia de credores, agendada para 1 de Abril, em Lisboa. Para dia 19 de Março, ficou agendada uma acção inserida na luta que a CGTP está a desenvolver a nível nacional e distrital.Nesse dia, os trabalhadores voltam a reunir-se em plenário à porta da empresa, dando de seguida uma conferência de imprensa onde divulgarão o teor de uma carta aberta ao Presidente da República, na qual vão apelar a Cavaco Silva para que “olhe também para a situação destes trabalhadores”, afirmou Aquilino Coelho.Os trabalhadores da IFM juntam-se depois a trabalhadores de outras empresas de Tomar que atravessam igualmente dificuldades, como os da construtora João Salvador, da Fiação de Tomar e os da Porto Cavaleiros, adiantou. Juntos, os trabalhadores deslocar-se-ão ao centro de emprego e à segurança social, concentrando-se, pelas 11h00, na Praça da República, em frente à câmara Municipal, onde esperam ser recebidos pelo presidente da autarquia, Fernando Corvêlo de Sousa (independente eleito pelo PSD), acrescentou.Com as máquinas paradas desde Abril de 2009, por falta de liquidez financeira para responder às encomendas, a IFM/Platex tem sido considerada uma empresa em situação económica “degradada” mas viável, tendo em conta a reconhecida qualidade do contraplacado que produz e uma carteira de clientes que assegurava uma exportação da ordem dos 60 por cento.Desde então, os trabalhadores têm desenvolvido um conjunto de acções de luta, tendo designadamente realizado concentrações frente aos Ministérios da Economia e do Trabalho e da residência oficial do primeiro-ministro.
Mais Notícias
A carregar...