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Plataforma espera novas leis e sugere à Fundação Champalimaud que repense Biotério

A Plataforma de Objecção ao Futuro Biotério da Azambuja espera que alguns dos pontos de uma petição que submeteu ao Parlamento se transformem em lei.O Biotério da Azambuja, cujo principal promotor é a Fundação Champalimaud, deverá ser um dos maiores centros da Europa para a criação de animais para experiências científicas. A 10 de Março, um dia depois de a plataforma - que apresentou uma petição com mais de 4500 assinaturas contra o futuro biotério - ter sido ouvida na comissão parlamentar de Educação e Ciência, uma responsável da plataforma considerou que a recepção da petição pelos partidos foi positiva.“Houve partidos políticos que disseram que iriam propor medidas legislativas” assentes nos pontos apresentados pelos signatários da petição, disse Constança Carvalho.A responsável considerou que a Fundação Champalimaud deverá “repensar” o seu projeto e construir antes um centro 3R (Reduction, Refinement e Replacement - Redução, Melhoramento e Substituição). A responsável explicou que estes Centros permitem desenvolver alternativas à experimentação animal e, apesar de admitir que os testes animais continuam a ser obrigatórios para princípios ativos de substâncias para uso humano, garante que o futuro será reduzir e acabar com estas práticas.Lembrou que dados da congénere norte-americana do Infarmed, a Food and Drug Administration (FDA), referem que apenas oito por cento dos medicamentos testados em animais têm resultados positivos. “Os outros 92 por cento não serviram para nada ou foram prejudiciais”, acrescentou à Lusa, voltando a questionar se vale mais a pena apostar num modelo que não é 100 por cento eficaz para a Saúde e para a Ciência.Para justificar a preferência da comunidade científica pelos centros 3R, a plataforma entregará quinta feira cartas de cientistas a trabalhar em Portugal e no estrangeiro explicando a sua preferência por um centro 3R. Citando números anteriormente apresentados pela Fundação Champalimaud, como o plano de construir até 25 mil gaiolas, Constança Carvalho argumenta estar-se na presença de um negócio privado “imoral e contra a lógica”, já que em causa estão fundos comunitários.Um representante da fundação, Rui Costa, negou aos deputados que as finalidades comerciais do projecto e garantiu que o biotério visa “melhorar as condições de bem-estar na investigação biomédica”. Para a construção do biotério, em três hectares da Azambuja, estão previstos 27 milhões de euros.

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