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Filantropo Manuel Serra d’Aire

Quero homenagear-te publicamente pelo contributo que deste para o sucesso do projecto Limpar Portugal. Foram pessoas como tu, o Caló e muitos outros abnegados portugueses que permitiram essa jornada gloriosa que envolveu milhares de compatriotas. Só as bandeiras nas varandas do Scolari e os lençóis por Timor podem pedir meças na nossa História recente a esta mobilização lusitana. As lágrimas vêm-me aos olhos só de pensar nisso. As unhas dos pés até se encarquilham. Que pena o Camões já cá não estar para dar conta em verso desta epopeia.Foi graças à tralha que desinteressadamente fomos depositando durante anos em matas, pinhais, campos e por tudo o que é sítio que finalmente pudemos ver autarcas a vergar a mola como as pessoas da vida real sem ser naquelas pantominices dos lançamentos de primeiras pedras ou na plantação de árvores no Dia da Árvore. O Paulo Caldas do Cartaxo de enxada nas unhas. A Maria do Céu Albuquerque de Abrantes a acartar sacos com porcaria. O jovem Fernando Paulo de Vila Franca de Xira a supervisionar os voluntários sem sujar as luvas (sim, porque também é preciso alguém que mande…). Como seria possível serem fotografados e filmados fora do seu habitat natural se os portugueses não fossem uns bárbaros? Se não fossemos este povo estranho que adora transportar lixo para os locais mais recônditos, mesmo quando o pode depositar num qualquer ecoponto ou caixote do lixo mais próximo, não havia Limpar Portugal. É por isso que, neste caso, sou obrigado a usar uma citação de algibeira e dizer que nunca tantos fizeram tanto por tão poucos.Passando para outro campo: já me vieram perguntar se sou alguma coisa à jovem Maria Teresa das Neves que recebeu recentemente o prémio nacional para a melhor aluna de Português do ensino secundário. Uma questão descabida, como tu bem sabes, pois quem me conhece sabe bem que jamais poderia ter qualquer afinidade genética com uma jovem que teve média de quase 20 valores no 12º ano. Eu, enquanto estudante, sempre fui mais aplicado em disciplinas como levantamento de copos e arremesso de beatas. É verdade que, a partir de certa altura, tentei aplicar-me na língua portuguesa e mesmo em línguas oriundas de outras paragens. Também gostava muito de anatomia feminina. E quanto mais estudava essas matérias mais delas gostava. Mas foram as únicas experiências de estudo exaustivas que conheci. Pelo que jamais fui um aluno premiado ou integrante do quadro de honra. Desfaço pois este equívoco, que em nada enobrecia a simpática jovem de Coruche, que felizmente não deve ter tido conhecimento que devido ao apelido foi associada a este matarruano chamado Serafim das Neves.Termino com uma menção à falta de cavalheirismo que alguns aficcionados demonstraram na última corrida de toiros em Santarém. Só porque meia dúzia de “madames” saltaram o muro e saíram da zona dos bilhetes mais baratos para um local mais “arejado” não era razão para aquele escarcéu todo. Os forcados também saltam as barreiras e ninguém fica chateado ou vai atrás deles. Cortesias tauromáquicas do Serafim das Neves

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