“Finisterra” de Manuel Gusmão apresentado em Vila Franca de Xira
O livro “Finisterra – o trabalho do fim: recitar a origem”, de Manuel Gusmão, vai ser apresentado com a presença do autor no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, no próximo dia 16 de Abril, às 21h30.Este livro trata de “Finisterra. Paisagem e Povoamento” (1978), romance terminal e maior de Carlos de Oliveira. Está composto em três movimentos que se desenvolvem ao longo de sete sequências. O primeiro concentra-se em aspectos da composição de Finisterra e no trabalho de reescrita, que marca a singularidade da obra de Carlos de Oliveira. O segundo movimento prolonga a consideração da reescrita na obra de Carlos de Oliveira e reavalia-a. Finisterra esboça-se na reescrita de Pequenos Burgueses. “Por fim, lê-se Finisterra como um metatexto que expõe uma teoria crítica da representação aberta à noção de diferença, admite uma mimese generalizada e sugere a hipótese de uma superação da noção de representação, através da figura da inscrição fóssil”. Finalmente, a experiência do belo e de interrupção do tempo linear e contínuo são lidas como manifestações de uma interrupção do devir que é condição do messiânico nas Teses sobre a Filosofia da História, de Walter Benjamin. Manuel Gusmão é professor (aposentado desde 2006), ensaísta e crítico, poeta e tradutor de poesia. Licenciou-se em Filologia Românica com uma dissertação sobre os poemas dramáticos de Fernando Pessoa e doutorou-se com uma tese sobre a poesia e a poética de Francis Ponge. Publicou ensaios sobre Fernando Pessoa, Gastão Cruz, Carlos de Oliveira, Herberto Helder, Sophia de Mello Breyner Andresen, Luiza Neto Jorge, Ruy Belo, Armando Silva Carvalho e Fernando Assis Pacheco, Almeida Faria, Maria Velho da Costa, Nuno Bragança, Maria Gabriela Llansol, Luís de Sousa Costa e José Saramago.
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