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Casar na Basílica do Santuário de Fátima já esteve mais na moda

Casar na Basílica do Santuário de Fátima já esteve mais na moda

Cerimónias são aos sábados ao meio-dia e só uma por cada sábado

Já lá vão os tempos em que havia meio milhar de casamentos no Santuário, como aconteceu num ano da década de cinquenta.

José e Maria Reis vivem em Moita, freguesia de Fátima, e casaram há 17 anos no Santuário de Fátima. Ele era jardineiro nos jardins do Santuário e ela, oriunda do Norte do país, tinha vindo trabalhar para a hotelaria. A decisão de casarem naquele local surpreendeu muitos convidados. José lembra que foi o patrão que o casou. “Quem celebrou o casamento foi o Reitor do Santuário, Monsenhor Luciano Guerra”.Casar no Santuário de Fátima não é tão difícil como parece mas já teve mais adeptos. Segundo o Padre Francisco Pereira, director do Serviço de Pastoral Litúrgica, o número de pedidos anuais anda entre os vinte e os trinta. O ano passado foram celebrados vinte e nove casamentos. Para este ano já estão marcados quinze. E raramente surge uma desistência. O recorde foi estabelecido nos anos 50. A mesma fonte disse a O MIRANTE que houve um ano em que foram celebradas quinhentas uniões. O casamento de José e Maria Reis foi em Dezembro de 1993. E foi celebrado em conjunto com os de outros dois casais. “É a única coisa que lamento”, diz Maria. “Eu preferia um casamento só para mim”. Se fosse hoje, ela teria possibilidade de ver o seu sonho concretizado. Os casamentos na Basílica são aos sábados às 12h00 sendo a escolha do sacerdote da responsabilidade do Santuário. Só é aceite uma marcação por cada sábado, o que pode explicar a diminuição acentuada dos casamentos no local. Mas há outra possibilidade. Os casamentos celebrados na Capela dos Santos Anjos e Capela de S. José. Também são individuais mas pode ser marcado mais que um para o mesmo sábado uma vez que decorrem celebrações de uniões ao meio-dia e às três da tarde. Todas as informações podem ser solicitadas através do telefone 249539600 ou mesmo através de correio electrónico: sepali fatima.ptA utilização da Basílica tem a ver com a dignidade do acto e com a vontade do Santuário de dar mais visibilidade aos casamentos. O padre Francisco Pereira diz que “sendo o sacramento do matrimónio também uma celebração comunitária e o Santuário um espaço de vida espiritual para a comunidade cristã, a instituição desejou oferecer-lhe a dignidade grande que têm como sacramentos marcantes para a vida das pessoas. A Basílica é a igreja mais digna que temos. Aquela que acolhe todos os momentos importantes”. O vestido de noiva de Maria Reis foi comprado no Santuário por 5 contos de entre os vestidos em segunda mão que muitas noivas ofereciam a Nossa Senhora. À saída da Basílica, local onde decorreu a cerimónia, os noivos foram recebidos com a tradicional chuva de arroz que actualmente não é permitida. Fora de questão estão também os enfeites que se têm que resumir à balaustrada. “Como temos a Igreja enfeitada não queremos uma coisa muito espampanante que acabe por trazer perturbação à celebração”, explica o Padre Francisco Pereira. Seguindo a tendência nacional, o terceiro trimestre é aquele em que se realizam mais casamentos no Santuário de Fátima. Os noivos que ali se casam são oriundos de todo o país e cerca de vinte por cento vêm de outros países. A principal razão para a escolha do Santuário é a grande devoção a Nossa Senhora. A seguir surge a localização geográfica que facilita bastante quando há famílias do Norte e do Sul de Portugal. Segundo dados do Santuário há também quem procure o santuário “invocando motivos de discordância com a sua paróquia como: idade avançada e quererem fugir dos olhares dos conterrâneos; ausência de qualquer vínculo com a paróquia e outras”. José Reis, recorda que o pároco da freguesia de Fátima, não ficou muito contente quando soube que ele ia casar no Santuário. Sendo o casamento um dia muito especial para os noivos, o que se deseja é que tudo corra bem. José e Maria contam que apesar de ser Dezembro estava sol, que tiraram fotografias nas colunatas do Santuário e no Castelo de Ourém onde a noiva rasgou o vestido. A lua-de-mel é que nunca chegou a acontecer. “No dia seguinte ao casamento foi o dia da Festa de Natal no Santuário e nessa semana jogou o Benfica”, lembra José. Mas uma lua-de-mel é quando os noivos quiserem e nem sequer há pressa porque um casamento na Basílica de Fátima sob o olhar de um a Nossa Senhora, é um casamento com…certificado de garantia.
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