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Uma atenuante para o alegado plágio de Mário Coelho

A pintora em causa não conhecia detalhes pessoais da vida de Mário Coelho. Foi ele quem lhe contou esses detalhes para que ela os organizasse em texto escrito, o que ela fez. Lembrar que um texto compõe-se de forma e conteúdo. O conteúdo é a história, o acontecimento em si. Para que essa «história» exista em livro tem de ter uma «forma», uma articulação linguística e literária correcta e harmoniosa que leve o leitor a «ver» a história que é contada. O que Antonieta Janeiro produziu, foi a forma dos textos. Autorização do toureiro? Claro que teve, senão teria sido impossível «adivinhar» a sua vida. O livro em causa não é ficção: é uma biografia, é uma história de vida. E as histórias de vida (as biografias) não são histórias inventadas. São a vivência de alguém. Neste caso, nem ele podia utilizar a escrita da pintora sem sua autorização, nem ela poderia utilizar a história do toureiro sem o conhecimento deste. Obras deste tipo chamam-se de «co-autoria», o que implica que os nomes de ambos figurem na obra como «autores». Assim, para ser literariamente correcta, a obra deverá ser designada «Mário Coelho, Da Prata ao Ouro», autoria de Antonieta Janeiro e Mário Coelho (quando há mais que um autor os nomes entram por ordem alfabética). Creio que respondi ao comentário do leitor João Barão.Antonieta Janeiro

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