Câmara de Rio Maior aprova contas da Desmor e viabiliza orçamento
A Desmor, empresa municipal de Rio Maior que gere o complexo desportivo da cidade, acabou o ano de 2009 com um resultado líquido do exercício de 6.600 euros positivos e deverá gastar em 2010 uma verba próxima do milhão de euros.As contas da empresa, relativas ao exercício de 2009, foram aprovadas por unanimidade na última reunião do executivo. Já o orçamento para 2010 mereceu mais reservas dos vereadores do PS, que se abstiveram, numa posição de esperar para ver. Em ambas as votações não participou a líder da edilidade, Isaura Morais (PSD), que é presidente do conselho de administração da Desmor.Se em relação às contas Carlos Nazaré (PS) considerou que os resultados obtidos foram animadores em ano difícil e elogiou a anterior administração e funcionários da empresa, no que toca ao orçamento o vereador socialista entende que se devia ter ido mais além. “A câmara vai gastar em 2010 mais do que fez em 2009, com custos de administração e trabalhos técnicos, além de apresentar aumento zero para os trabalhadores”, constatou.O seu colega de bancada, Pedro Pinto, evidenciou a falta de ambição do orçamento para 2010, ao referir que falta a aposta num grande evento desportivo de triatlo ou um meeting de natação, para aproveitamento das infra-estruturas desportivas existentes. “O marketing e os eventos não foram escalpelizados neste orçamento, sabendo-se que o centro de estágio recebe muitos atletas estrangeiros e equipas internacionais”, realçou o vereador.O director-executivo da Desmor assistiu à discussão do assunto na reunião de câmara. Carlos Coutinho justificou que o cuidado na definição dos objectivos tem a ver com a previsão de que haverá este ano menos estágios realizados no país e, por isso, menos receitas que devem ser arrecadadas. Carlos Coutinho lembrou ainda que o orçamento irá assumir as despesas anteriormente efectuadas pela autarquia e clarifica as verbas atribuídas aos clubes pela utilização das piscinas, mais equitativa e menos dispendiosa. “Apostaremos na rentabilização dos espaços desportivos, no desenvolvimento de actividades e acordos com empresas para a sua utilização, além da organização e acolhimentos de seminários e worshops”, referiu Carlos Coutinho, revelando que a verba a receber do contrato-programa com a câmara é de 880 mil euros. O vice-presidente da câmara, Carlos Frazão (PSD), lembrou que não se pode falar em ousadia e exigir “que se faça em quatro meses de novo executivo o que não se fez em anos de anteriores mandatos”.
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