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Companhia das Lezírias aposta na internacionalização dos seus vinhos

Companhia das Lezírias aposta na internacionalização dos seus vinhos

Empresa agrícola do Estado é a maior exploração agropecuária do país
A Companhia das Lezírias (CL) exportou, em 2009, mais de 20 por cento da sua produção de vinhos e azeite, numa estratégia de internacionalização que inclui ainda a venda de cavalos, disse o presidente do conselho de administração. Vítor Barros disse que o investimento feito na modernização e ampliação da adega do Catapereiro permitiu a entrada, em Outubro de 2009, dos vinhos CL na cadeia Pingo Doce.O início da actividade vitícola da Companhia das Lezírias remonta ao ano de 1881, ano em que se instalou a vinha na charneca de Catapereiro. Essa área foi crescendo até 1934, ano em que a vinha atingiu o seu máximo expoente - cerca de 400 hectares. As castas dominantes na altura eram o Periquita (Castelão) e o Bastardo. Com o passar dos anos, a vinha foi sendo reestruturada, tendo a Companhia das Lezírias actualmente cerca de 120 ha de vinha, dos quais 65% da área é composta por castas tintas e os restantes 35% por castas brancas.Entre as castas tintas, a variedade Castelão é maioritária, seguida pelas castas Trincadeira, Alicante-Bouschet, Aragonez, Touriga-Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot, Touriga-Franca, Tinta Barroca e Tinto Cão. As castas brancas instaladas são o Fernão Pires, Trincadeira das Pratas, Arinto, Roupeiro, Tália, Verdelho e Vital.Na vinha, tem sido efectuada uma grande reestruturação, sem menosprezar as castas nacionais mas instalando também outras castas que se adaptam bem à região.No site da Companhia das Lezírias pode ser encontrada informação detalhada de cada um dos seus vinhos, desde a geologia do solo onde está implantada a vinha e a sua idade, o processo de vinificação, álcool, acidez total, temperatura adequada para ser servido, etc, etc…Valorização da cortiça e criação de central de biomassa Outra aposta da CL, a produção de carne de bovino rica em ómega-3, poderá vir a duplicar muito em breve, tendo em conta que está em negociação a colocação deste produto em mais duas lojas da cadeia Continente, que se juntarão às lojas de Oeiras e Telheiras, que vendem esta carne desde Junho e Setembro de 2009, respectivamente.A Companhia das Lezírias, a maior exploração agropecuária do país detida na totalidade por capitais públicos, ocupando uma área de perto de 20 mil hectares, possui 4 mil cabeças de bovinos, 30 éguas de ventre (num total de cerca de uma centena de equinos), 6.100 hectares de montado, 130 hectares de vinha, 140 hectares de milho, mais de 40 hectares de olival e 1.100 de arroz (220 dos quais explorados directamente).Com um plano de gestão florestal aprovado, a CL espera concluir em breve a certificação da gestão sustentável da sua floresta, tendo uma auditoria marcada para o início de Maio, o que, nomeadamente, irá valorizar a cortiça produzida pela empresa.Vítor Barros disse que um dos projectos a desenvolver em 2010 será a criação de uma central de biomassa para produção de energia, que poderá criar 12 novos postos de trabalho, além da contribuição para a estratégia de combate aos incêndios e para a produção de energias alternativas.A CL tem em funcionamento uma quinta pedagógica que em 2009 recebeu 6 mil visitas, tendo lançado no início deste ano um projecto de turismo equestre, com “uma pequena escola de equitação para as crianças das escolas” da zona e a possibilidade de passeios a cavalo ou em charrette. Nacionalizada em 1975, a CL foi transformada em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos em 1989, empregando um total de 96 funcionários. É presidida desde Dezembro de 2005 por Vítor Barros, engenheiro agrónomo que foi secretário de Estado do Desenvolvimento Rural nos Governos de António Guterres, entre 1995 e 2002.
Companhia das Lezírias aposta na internacionalização dos seus vinhos

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