O som das danças Sevilhanas pulsou nas Quintas
O ritmo está-lhes no sangue e a paixão pela dança corre-lhes nas veias. De leques ao alto, flor no cabelo e fatos de cor bem vivas, o grupo de sevilhanas da ADR Lugar das Quintas, Castanheira do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, desfila pelo salão numa atitude desafiadora. O grupo é liderado pela professora Zélia Marques (de vermelho na foto), que dança sevilhanas há já 22 anos.“Sempre tive um fascínio pelas danças espanholas. Desde criança que me cativaram o ritmo, os fatos, os passos de dança, a atitude, tudo. É uma dança muito mais expressiva”, explica com orgulho. Segundo a professora, só dança sevilhanas e flamenco quem tem paixão. Não se pode obrigar ninguém a aprender. As palmas ritmadas do público são acompanhadas pelos passos firmes que marcam o compasso com o tacão dos sapatos. As saias esvoaçam decididas em atitudes firmes de desafio. “É uma dança com muito sentimento e que não se dança sevilhanas sem essa atitude”, explica Ana Fajardo (à esquerda na foto). A tradição ribatejana da festa brava também ajudou a que Célia Carvalho se iniciasse nas danças sevilhanas. “O meio de festa brava em que estamos integradas puxa um bocado para este tipo de ritmos. Cresci a ver sevilhanas em Vila Franca e ficou-me o gosto. Por isso quando surgiu a oportunidade aqui na associação, inscrevi-me”, refere. Já para Vanda Marques (à direita na foto) as sevilhanas são uma forma de convívio e de se libertar um pouco dos problemas do dia-a-dia. “É uma forma de expressão libertadora. Enquanto estamos a dançar esquecemo-nos de tudo o resto”, sublinha. Nos rostos surge a alegria libertadora da música e da dança. Com as mãos ao alto as quatro dançarinas vão calcando o solo numa espécie de provocação ao público, que termina com uma pose firme e um sonoro “Olé!”Patrícia Cunha Lopes
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