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“Formação não é formatação”

Pais criam expectativas demasiado altas nos filhos
A coordenação e a comunicação entre pais e treinadores são fundamentais na formação de um jovem jogador. “Faz sentido a cooperação entre as duas partes, tendo a noção de quais são as funções e os papéis, respeitando sempre o espaço e o contexto de intervenção de cada um”, defende Joana Cerqueira, licenciada em Psicologia do Desporto e professora na Escola Superior de Desporto de Rio Maior.aA docente esteve presente numa acção de formação sobre o lema “O papel dos pais na formação do jovem atleta”, que decorreu na noite de sexta-feira, 30 de Abril, no pavilhão do Tiro com Arco do Futebol Clube de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira.De acordo com Joana Cerqueira a “formação de um jovem jogador não deverá ser a sua formatação”. “O pai não deve querer moldar o filho à sua própria imagem. Ele tem que ter o seu próprio ritmo de aprendizagem, as suas próprias experiências e vivências. E esse filho vai assim construindo a sua formação enquanto jovem jogador. O pai deve auxiliar assim como o treinador”, esclarece a professora.Joana Cerqueira alerta ainda para o facto dos pais criarem expectativas demasiado altas nos filhos. “Infelizmente existem casos relatados dessas situações. Os pais projectam nos filhos o sentimento de querer ser jogador, mesmo se o filho não sentir essa necessidade e esse objectivo de vida. Mas o facto da frustração permanecer neles, por não terem conseguido atingir esse objectivo, vão tentar uma segunda via que é o filho. E em casos mais extremos poderá mesmo acontecer o pai não respeitar sequer a opinião, a vontade e a decisão do filho. Forçando-o e obrigando-o mesmo a ser jogador, apesar do jovem não se sentir identificado com a prática do futebol”, explica a docente.

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