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Contas da Câmara de Coruche aprovadas na assembleia municipal

Oposição dividiu-se entre a abstenção e o voto contra, tendo os votos do PS assegurado a aprovação das contas
O ano de 2009 foi dos de mais baixa execução orçamental dos últimos exercícios mas o relatório de gestão da Câmara de Coruche acabou aprovado na assembleia municipal de sexta-feira com os votos do PS. Movimento Independente de Cidadãos por Coruche e PSD abstiveram-se, enquanto a CDU votou contra. O presidente da Câmara de Coruche não descola a realidade de 2009 do atraso na concretização de projectos comparticipados pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e do estado da economia do país. O autarca “culpa” essa situação também com a quebra generalizada dos impostos indirectos, o que fez com que o habitual “superavite” não aconteça este ano. “As receitas de capital estão dependentes dos fundos comunitários em 75 por cento, o que contribui para que dois terços das receitas e investimentos previstos não tenham sido realizados naquele ano. Os impostos indirectos decresceram 22,2 por cento o que representa menos 541 mil euros de receita”, acrescentou Dionísio Mendes. Que salientou ainda o facto de se ter conseguido conter a despesa corrente, que apenas registou um aumento de 0,2 por cento, e de se ter obtido um resultado líquido do exercício de 1,566 milhões de euros.Apesar dos números menos conseguidos em 2009, a CDU volta a falar nas festas e propaganda da gestão PS à frente do executivo municipal e de obras que não se viram no terreno. Do loteamento municipal do Biscainho, do parque do Lagoíços, do edifício sede do Coruchense, do açude do rio Sorraia, passando pela central de camionagem, quartel de bombeiros, mercado e biblioteca municipais. Projectos que Rui Aldeano (CDU) lembrou estarem previstos para 2009 e voltam a não constar da execução orçamental.O seu colega de coligação, Armando Rodrigues, constatou que a câmara apresentou em 2009 o mais baixo nível de execução do plano plurianual de investimentos desde 2002, situando-se em 30,2 por cento. “Executaram-se 3,235 milhões dos 10,5 milhões de euros previstos”, exemplificou o deputado, que lembrou que rubricas como desporto e recreio e festas continuam a ter execuções elevadas. Acusou ainda a autarquia de não fornecer a listagem nominal de devedores de água do município, como solicitado pela CDU. Para o PSD os números também revelam baixo nível de execução. Francisco Gaspar exemplificou que o orçamento de 2009 se ficou por 65,6 por cento de concretização, enquanto as grandes opções do plano não foram além dos 45,5 por cento. “É de salientar que as despesas correntes estão a crescer desde 2005, o mesmo acontecendo com as despesas de capital”, reforçou Francisco Gaspar.

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