Central Termoeléctrica do Ribatejo de portas abertas à comunidade
Energia produzida a partir de gás natural é mais amiga do ambiente
A EDP está a promover até 22 de Maio visitas guiadas à Central Termoelécrica do Ribatejo, na Vala do Carregado, para empresas, escolas e público em geral. O objectivo é dar a conhecer o funcionamento da central e aproximar a comunidade local das iniciativas futuras da EDP, ao nível de políticas energéticas e desenvolvimento sustentável.Patrícia Cunha Lopes
A EDP promove dia 22 de Maio visitas guiadas à Central Termoeléctrica do Ribatejo, situada na Vala do Carregado, concelho de Alenquer. O programa “Central Aberta” convida empresas, escolas e público em geral a deslocar-se às instalações da empresa e conhecer melhor o seu funcionamento e as políticas de segurança e de ambiente.A Central do Ribatejo está em funcionamento desde 2004 e produz energia eléctrica a partir do gás natural, ao contrário do que sucede com a Central do Carregado, que produz energia a partir do fuelóleo e que será descomissionada até ao final do ano.“A crise do petróleo e a maior consciência a nível ambiental levaram a que se optasse pelo gás natural para produzir energia. Tem uma maior eficiência energética e é o mais limpo dos combustíveis fósseis”, explicou Vítor Cordeiro, director da Central Termoeléctrica do Ribatejo.A central do Ribatejo produz electricidade a partir da energia térmica, proveniente da queima dos combustíveis fósseis (neste caso o gás natural), na caldeira ou gerador de vapor. O calor libertado vaporiza a água que circula na caldeira e o vapor segue para a turbina, onde se dá a transformação de energia térmica em energia mecânica. O vapor, a alta pressão e a temperatura, ao incidir nas pás da turbina, imprimem-lhe um movimento de rotação. No extremo da turbina existe um alternador, que converte depois a energia mecânica em energia eléctrica.“As pessoas vêem muitas vezes fumo a sair dos tubos de refrigeração e pensam que são gases poluentes. De facto, o que estão a ver é apenas vapor de água a sair dessas torres e nada mais”, explica o responsável pela central.A central está certificada a nível ambiental e também a nível de segurança e saúde ocupacional. “Durante seis anos não tivemos um único acidente. Foram 2189 dias. Só em Fevereiro deste ano houve um pequeno acidente e neste momento estamos há 95 dias sem acidentes”, sublinha com orgulho.A Central Termoeléctrica do Ribatejo foi a primeira a ser construída de raíz a obter a certificação EMAS (Sistema de Eco-Gestão e Auditoria da União Europeia). “Os riscos de segurança e de ambiente são geridos por normas internacionais extremamente rígidas”, referiu o engenheiro Ferreira da Costa, administrador da EDP-Produção. Anualmente são feitos vários simulacros na central, juntamente com os bombeiros de Alenquer, Castanheira do Ribatejo e Vila Franca de Xira e também a protecção civil para assegurar a redução do risco ao máximo e segundo os responsáveis, nem a central do Carregado nem a Central do Ribatejo apresentam qualquer risco para as populações em caso de acidente.A Central do Ribatejo funciona como salvaguarda às outras centrais eléctricas, sobretudo as de energia eólica. “Cada vez mais esta é uma energia de reserva. O mercado cada vez mais se vira para energias renováveis, como a hidráulica e a eólica e o investimento da EDP no futuro vai nesse sentido”, explicou António Sequeira, director-adjunto da direcção de produção da EDP.A central emprega 49 pessoas, 33 por cento das quais pertencem a quadros superiores e técnicos especializados. Na manutenção trabalham 13 pessoas e na área de operação estão 29 elementos que trabalham em regime de turnos contínuos de 4 pessoas (1 supervisor e 3 técnicos de operação, num total de 6 equipas) a que se juntam o director, pessoal de apoio e gestão e técnicos de ambiente e química.
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