População de Vila Franca de Xira afastada dos problemas da comunidade
Agenda 21 Local da freguesia elegeu o tema como o mais urgente
Das nove sessões realizadas até agora nas freguesias do concelho – exceptuando a primeira da Póvoa de Santa Iria que foi divulgada no próprio dia – o debate da Agenda 21 Local de Vila Franca de Xira, sede de concelho, foi o menos participado.
Falta mais participação cívica em Vila Franca de Xira. A situação preocupa autarcas e cidadãos que defendem que é necessário inverter. O tema foi votado como o problema mais urgente a resolver na freguesia de Vila Franca de Xira durante a sessão da Agenda 21 Local.O debate decorreu na sede da junta e contou com a presença de apenas duas dezenas de participantes. Curiosamente, de todas as sessões que aconteceram até agora, em nove das onze freguesias do concelho (exceptuando a primeira realizada na Póvoa de Santa Iria, divulgada no próprio dia) a que decorreu na noite de quarta-feira, 12 de Maio, na sede do concelho, foi a que registou menos adesão por parte da população local. Na abertura da sessão o presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira lamentou a pouca afluência de público garantindo que esse facto não se deveu à falta de divulgação da iniciativa mas sim aos interesses e às prioridades que cada um têm hoje em dia. “Todas as instituições e organizações da freguesia têm o mesmo problema. Divulgam os eventos através de várias formas e meios mas a informação tem muita dificuldade em chegar às pessoas. Mas se vier cá um jogo Sporting contra o Benfica não é preciso fazer publicidade para encher o campo”, afirmou José Fidalgo a O MIRANTE.“Faz falta mais participação”, ouviu-se logo no início da sessão, depois do moderador ter interrogado os participantes sobre o que falta na freguesia. “Esse é um problema que existe de uma forma geral e nas grandes cidades muito em particular. E esse é o desafio da câmara: aumentar o número de participação cívica nos assuntos da comunidade”, referiu o vereador da Câmara de Vila Franca de Xira que confessou que também esperava ver mais gente na audiência.Fernando Paulo tem acompanhado algumas sessões nas outras freguesias e mostrou-se satisfeito com a média de 30/40 pessoas que têm aderido por cada sessão. “Este processo está no início. É preciso que as pessoas acreditem que vale a pena participar, dar ideias e envolverem-se nos processos de decisão. Estou em crer que assim que fizermos uma segunda ronda hão-de ser mais”, disse esperançado.Apesar do afastamento dos vilafranquenses o presidente da junta defende que não há um divórcio da população. “Há é um olhar diferente que assenta mais no problema individual do que no problema colectivo. Se isto é um problema da comunidade não é comigo. É da autarquia. Essa mentalidade é que é preciso inverter pois há problemas que nos afectam a todos”, realçou José Fidalgo.As sessões da Agenda 21 Local iniciaram-se em Março e decorrem até ao final do mês de Maio nas onze freguesias do concelho. O objectivo é recolher junto da população contributos para uma melhor qualidade de vida, promovendo o desenvolvimento sustentável. O ciclo de fóruns é organizado pela Câmara Municipal em parceria com a Universidade Nova de Lisboa. A freguesia das Cachoeiras será a próxima a receber a sessão de debate da Agenda 21 Local, nas instalações da Junta de Freguesia, no dia 21 de Maio, às 21h00. A última sessão está marcada para a freguesia da Castanheira do Ribatejo, a 28 de Maio, na Associação de Promoção Social.
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