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O tempo das cerejas

O tempo das cerejas

Pelo segundo ano consecutivo, Elisabete Rodrigues, 37 anos, residente em Tomar, sai de casa pela manhã e instala-se junto à entrada de Ourém para vender cerejas. Ao sol, à chuva, ao frio ou sob o calor tórrido do final da Primavera, Elisabete Rodrigues já passou por um pouco de tudo desde que há algumas semanas recomeçou o negócio, com a chegada do tempo das cerejas. Durante oito anos trabalhou num aviário, mas há dois que se dedica à venda de fruta. “Eu gosto disto”, comenta, “mas quando não se vende uma pessoa aborrece-se”. “Horas e horas sem fazer nada e quase não dá para o gasóleo”, lamenta. Esta é uma observação que Elisabete Rodrigues faz constantemente. Em 2009 ainda conseguia vender qualquer coisa, apesar do negócio já não dar bons sinais. Este ano não tem conseguido vender quase nada. Além disso, “quando a cereja estava a começar a ficar doce, veio a chuva e esta já começa a estragar-se”.Os preços também foram reduzidos a metade, estando a vender o quilo a 6 euros, quando no ano passado vendia a 12 euros. “Mesmo assim as pessoas acham caro”, comenta, referindo que muitas param os carros e vêm saber dos preços, mas acabam por não levar nada e até resmungam com a vendedora.O produto não deixa de encher o olho. “É rija e doce”, volumosa, da zona de Ferreira do Zêzere, oferecendo a provar a quem assim o desejar. Para incentivar um pouco o negócio este ano, Elisabete Rodrigues vende também nêsperas. A ideia surgiu-lhe dos pedidos dos próprios clientes, que por ali apareceram a perguntar por outro tipo de fruta, como os morangos. Levam assim algumas das suas nêsperas e podem também levar cerejas, comenta. Cláudia Gameiro
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