A Feira Nacional da Agricultura começou este sábado no Centro Nacional de Exposições (CNEMA) em Santarém com o ministro da Agricultura, António Serrano, a presidir à inauguração do evento. Uma situação que não se verificou nos últimos quatro anos devido às más relações entre a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) – que é a accionista maioritária do CNEMA, entidade promotora da feira – e o ministro da altura, Jaime Silva. A vinda do ministro da tutela à maior feira nacional dedicada ao sector agro-pecuário é encarado como um regresso à normalidade por parte da administração do CNEMA. “O que se passou últimos quatro anos é que não era normal. Houve um total divórcio do ministério e do ministro com os agricultores”, disse o administrador do CNEMA Luís Mira dias antes da inauguração, frisando que a situação está hoje “resolvida” e que este ano “haverá um envolvimento maior do Ministério da Agricultura, como é normal, na feira”.Outro sinal de normalidade prende-se com a cooperação institucional entre a Câmara de Santarém e a administração do CNEMA, que não foi a melhor nos últimos anos. A autarquia não realiza este ano actividades de animação paralelas junto à praça de toiros Celestino Graça, como aconteceu desde 2007, “para não tirar brilho” à Feira Nacional de Agricultura (FNA), referiu o presidente do município, Francisco Moita Flores (PSD).Também normal começa já a ser a ausência na inauguração dos deputados eleitos pelo círculo de Santarém, bem como dos presidentes de câmara dos concelhos vizinhos. A excepção, na inauguração, foi protagonizada pela autarca de Rio Maior Isaura Morais, embora outros municípios tenham estado representados por vereadores, como Golegã e Abrantes.A feira deste ano conta com o reforço da presença de expositores, apesar da crise, e de uma forte componente política, servindo de palco para o comissário europeu do sector lançar a discussão sobre o futuro da PAC. Tendo como tema central as Energias Renováveis, contará com diversos colóquios e seminários sobre essa temática, tendo em conta o papel que o sector poderá desempenhar nesta área.Entre as numerosas iniciativas previstas destaca-se o seminário sobre o “Futuro da Política Agrícola Comum (PAC)”, no dia 11 de Junho, que contará com a presença do Comissário Europeu da Agricultura, Dacian Ciolos, e do ministro da Agricultura António Serrano.Desde sábado está igualmente aberto o espaço “Prazer de Provar”, dedicado aos consumidores, onde estes podem provar, e comprar, vinho, azeites, queijos, méis, enchidos, entre outros produtos, além de poderem assistir a demonstrações de cozinha ao vivo. A carne das raças autóctones volta a ser destaque nos menus dos diversos restaurantes presentes no certame. A pecuária nacional tem igualmente presença forte no certame, com aumento do número de animais presentes.Ao longo de nove dias, o programa é recheado ainda com concursos e demonstrações, largadas de toiros, folclore, mercados tradicionais e espectáculos musicais nocturnos com nomes sonantes como Mickael e Toni Carreira, Daniela Mercury, Ana Moura, Buraca Som Sistema e Xutos e Pontapés.Pela primeira vez a Feira Nacional da Agricultura/Feira do Ribatejo acolhe também a Feira Empresarial da Região de Santarém - Fersant, em resultado de um acordo assinado com a associação empresarial Nersant.