Os tempos são de crise e contenção e por isso o Programa de Apoio ao Movimento Associativo (PAMA) do concelho de Vila Franca de Xira atribui este ano menos dinheiro que em igual período do ano passado. Para o presente ano o município dispõe de uma verba de 724 mil euros, menos 40 mil euros que em 2009. No ano passado o valor global ascendeu a 762 mil euros. Os cortes principais incidem novamente (tal como já se verificara o ano passado) nas grandes associações desportivas do concelho, como o Alhandra Sporting Club, Futebol Clube de Alverca, Juventude da Castanheira, União Atlético Povoense e Grupo Desportivo de Vialonga. Este ano metade das associações existentes no concelho de Vila Franca de Xira - 225 ao todo - não vão receber qualquer tipo de apoio da autarquia. O município irá apoiar 113 associações, mais duas que no ano passado. Os protocolos foram assinados numa sessão pública realizada nos Paços do Concelho, dia 31 de Maio.Em declarações a O MIRANTE a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca e Xira, Maria da Luz Rosinha, reconheceu que “não pode dar apoio a todos” e recordou que existe um prazo legal para candidaturas ao PAMA, sendo que os processos são alvo de análise cuidadosa dos serviços. “Por isso se algum ficou de fora é porque provavelmente não obteve os critérios mínimos para ser elegido”, explica. Perante uma plateia de quase duzentas pessoas, a maioria presidentes das colectividades, a presidente reconheceu o esforço de todas e a importância que as mesmas representam para o concelho. “Mais uma vez e mesmo em momento de dificuldade encontramo-nos para assinar estes protocolos. Este ano houve alguns ligeiros cortes que tiveram a ver com uma área muito específica e tenho de agradecer aos clubes afectados, que foram muito compreensivos no reconhecimento das dificuldades existentes para podermos continuar a garantir um apoio tão alargado como aquele que vamos realizar”, afirmou Maria da Luz Rosinha.Apesar de ser um apoio mais magro que no ano passado, a maioria dos presidentes das associações, ouvidos pelo nosso jornal, garantem que os apoios atribuídos são vitais e importantes para a sobrevivência das colectividades.A maior fatia das verbas vai para as instituições de acção social (264 mil euros), seguida dos agentes culturais (237 mil) e das associações desportivas (182 mil euros). Segue-se o fomento da actividade física para idosos e deficientes (30 mil euros), apoio ao funcionamento das associações de pais (7 600) e o funcionamento de federações concelhias (1 800 euros).Na acção social a principal fatia das verbas vai para as instituições de infância (109 mil euros), seguidas dos idosos (99 mil), deficientes (41 mil) e reformados (9 mil). Nos agentes culturais as verbas mais elevadas vão para as bandas filarmónicas (47 mil euros), a companhia de teatro Inestética (38 mil), ranchos folclóricos (33 mil euros) e para as restantes onze companhias de teatro amador uma verba a rondar os 25 mil euros. As verbas serão distribuídas pelas colectividades ao longo do presente ano.