É curioso que a população de Arcena não se manifeste contra mais este alargamento do aterro no sentido da povoação, descuidem-se e o aterro ainda passa por cima de Arcena!!!, como é possível que a vida do aterro estivesse prevista até 2012, foi isso que os autarcas foram vendendo às populações, no sentido de ir granjeando votos, e agora já se fala em 2020.Onde estão também as associações ambientalistas? será que estes senhores deixaram de se preocupar com os impactos negativos que este mega aterro irá criar mais uma vez para as populações de Arcena e vizinhas? O que é que as populações de Arcena e vizinhas têm ganho com o receber o lixo de Lisboa , Amadora, Loures e Odivelas? Enquanto isso, a Valorsul enriquece à custa da cada vez maior degradação do ambiente e da saúde das populações, deem-se ao trabalho de analisar as contas da Valorsul, pois as mesmas são públicas e verão os lucros, são de milhões á custa da cada vez pior qualidade de vida das populações circundantes ao aterro. O lixo tem naturalmente que ser reciclado e gerido de uma forma organizada, mas será que têm que ser sempre os mesmos a arcar com os impactos negativos? Será que não poderiam criar unidades mais pequenas sendo a distribuição dos impactos distribuídas por outros locais? Ou se este é o modelo que tem de ser aceite não deveria a Valorsul contribuir para que as populações circundantes ao aterro tivessem boas estradas, tivessem bons equipamentos desportivos, de lazer etc?Em vez disso a CMVF aceita uma esmola e para comprar o quê ?camiões de lixo!!!ou seja o dinheiro transformado novamente em lixo!!! pergunta-se o que ganharam as populações circundantes? Ganharam mais lixo!!!é interessante e ao mesmo tempo trágico pensar que quem nos governa está cada vez mais afastado das populações, e estas infelizmente também não sabem defender os seus interesses, o que no caso era muito simples, quando houvessem actos eleitorais as populações afectadas pelos impactos do aterro pura e simplesmente não votavam em sinal de protesto.Trata-se de uma simples opinião de um observador que nem sequer sofre dos impactos directos que o aterro causa mas felizmente ainda tenho dois olhos para ver e cabeça para pensar. E já agora não se esqueçam de pedir os estudos de impacto ambiental e outros que tenham sido feitos para mais esta fase de alargamento, e também saber se houve concurso público para a obra, saber se a mesma cumpre todas as formalidades em termos de autorizações, se todas as indemnizações aos donos dos terrenos estão pagas, não se esquecendo de informar as populações dos mesmos, e que têm sempre a possibilidade de colocar em tribunal uma providência cautelar caso se achem prejudicados com a situação.Pedro Jorge