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A brincar como gente pequena

A brincar como gente pequena

Um comboio de mercadorias corre por ruas apertadas de uma cidade construída em blocos de Lego, as famosas pequenas peças que se encaixam umas nas outras inventadas nos anos 50 por um carpinteiro chamado Ole Kirk Christiansen. A Apobric – Associação Portuguesa do Brinquedo de Construção, sedeada no Sobralinho, concelho de Vila Franca de Xira, realizou no último fim-de-semana uma exposição no pavilhão da UDCAS do Sobralinho. Os adultos preparam o cenário com cuidado para a chegada dos mais novos. Em cima de uma larga mesa estão 10 horas de trabalho para montar uma cidade que até inclui uma réplica da ponte Marechal Carmona de Vila Franca. Siomara, de capacete de operário, segura nos braços a filha, Sara, que nem sabe por onde começar a construir. Atrás de si está Jorge Abrantes, que observa a montagem daquilo que lhe rouba espaço em casa. Cada conjunto de construções (ou “sets”) pode ter preços entre os 50 e os 700 euros. Para Sandra Costa, 35 anos, isto é um escape dos problemas do dia-a-dia e garante que “a brincar é que a gente se entende”. “Também monto em casa, tenho um filho de cinco anos que é um entusiasta”, refere. Sandra acrescenta que o brinquedo de construção é um vício tão grande que às vezes obriga a fazer umas refeições a menos no restaurante para comprar mais uns blocos de plástico. “Mas é muito aliciante”, garante. A exposição incluiu também algumas representações de robots alternativos chamados “Bionicle”, naves e cruzadores da “Guerra das Estrelas” e até um laboratório de construção. Estes homens e mulheres provam que a única coisa que distingue adultos e crianças é, de facto, o preço dos seus brinquedos. Filipe Matias
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