Cozido à portuguesa, feijoada de porco, favas com entrecosto, bacalhau com natas, arroz de pato, pato no forno com arroz, arroz de peixe em tacho de barro, arroz de tamboril com gambas, açorda de marisco são alguns dos pratos servidos no restaurante Adega Típica, situado à beira da Estrada Nacional 3, na Portela das Padeiras, em Santarém. Mas, segundo o proprietário do estabelecimento, José Martinho, o prato mais procurado pelos clientes do restaurante é o Polvo à Lagareiro. “Tenho que cozer todos os dias, pelo menos, sete quilos de polvo. É o que as pessoas mais pedem”, diz. A Adega Típica dispõe de duas salas amplas com capacidade para cerca de 170 pessoas. Os quadros em azulejos com motivos rurais a fazer lembrar a lezíria ribatejana decoram as paredes do restaurante.José Martinho, 47 anos, começou a trabalhar no ramo da restauração há cerca de 15 anos. Antes disso trabalhou como pedreiro de construção civil. Motivos de saúde levaram-no a tentar a sua sorte no ramo da restauração uma vez que sempre gostou de cozinhar. A experiência deu certo e há cerca de dois meses abriu a Adega Típica. José Martinho começa a trabalhar por volta das 9h00 e nunca deixa o restaurante antes da meia-noite. “É preciso gostar mesmo muito desta profissão porque é muito exigente e temos que dar muito de nós”, reflecte José Martinho.Os doces da Adega Típica são todos caseiros, feitos pela filha de José Martinho. Pudim de ovos, serradura com doce de ovos, mousse de chocolate, mousse de ananás, doce da casa e bolo de bolacha são algumas das especialidades ao dispor dos clientes. O restaurante dispõe de um serviço de catering para casamentos e baptizados confeccionando também bolos de aniversário, por encomenda, assim como comida para fora.Com uma equipa de quatro funcionários, José Martinho aposta na confecção da cozinha regional para diferentes tipos de clientes: aqueles que estão de passagem e param para almoçar com calma e sossegadamente, os que precisam de uma refeição rápida no intervalo para almoço do emprego e quem tem tempo e opta por provar as entradas antes do prato principal.Apesar dos tempos de crise, José Martinho não se queixa do negócio. “Felizmente tenho uma boa carteira de clientes que gostam da comida do nosso restaurante e aparecem com frequência. Como já abri o negócio em plena crise financeira não tenho grande termo de comparação, mas, felizmente, não me posso queixar. O restaurante Adega Típica encerra apenas ao domingo para descanso.