Ainda bem que há quem não tenha “papas na língua”. Identifico-me com o que a Maria Clara diz, até porque vivi com ela, com o irmão João Carlos e com o primo, Álvaro Pato, muitos dos maus e bons momentos da minha meninice e juventude.Falta aqui referir o papel da Avó Maria, que criou os netos e que foi uma mulher admirável da resistência contra o fascismo. Também ela e muitas outras mulheres que caminharam para as prisões durante anos e que muitas delas viram os seus filhos, pais, companheiros serem presos, torturados e, alguns deles, mortos, merecem a nossa homenagem.Também merecem a nossa homenagem muitos que trabalharam na sombra. Não foram presos, não foram torturados, nem mortos, mas possibilitaram aos que lutaram as condições para continuarem a lutar.Muito há ainda por dizer e fazer. A História há-de fazer jus aos que o merecem, porque felizmente ainda há muito boa gente que tem memória de elefante.O PCP, de que também sou militante e com quem me identifico em termos de ideais, tem de deixar a sua mania das modéstias, que muitas vezes só o tem prejudicado e “puxar dos seus galões”, como força preponderante na libertação do Povo Português do Jugo do fascismo.Marieta BenitoInfelizmente estamos num país que não reconhece o mérito! Só os oportunistas se “promovem” ainda em vida!!! Triste país que não adopta os seus filhos fiéis à sua liberdade e à sua consciência cívica. Portugal é de todos... não pode ser só de “alguns”.Margarida Leão