Ganhão diz que a Entidade Regional de Turismo não está a cumprir a missão
Câmara recusou pagar para levar ao concelho a cozinha conceituada de Chakall
O município de Benavente recusou o projecto “Cozinha ao Vivo” com o cozinheiro Chakall por questões de contenção financeira da autarquia. O presidente da câmara, António José Ganhão, aproveitou para dizer que a entidade regional que deveria promover o turismo não está a fazer bem o seu trabalho.
“A Entidade de Turismo ainda não está a fazer aquilo que é a sua missão”. As palavras são do presidente da Câmara Municipal de Benavente, António José Ganhão (CDU), que criticou na última reunião de câmara, realizada na segunda-feira, 5 de Julho, a actuação da Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo.A conversa surgiu quando estava a ser debatido o projecto “Cozinha ao Vivo”, com o conceituado cozinheiro Chakall, uma proposta sugerida pela Orivárzea que constava na ordem do dia, mas que acabou por ser recusada pelo município face à política de contenção financeira que a câmara está a adoptar.A iniciativa implicava o pagamento de 2500 euros e tinha como contrapartidas o televisionamento, um DVD e 25 exemplares do livro do cozinheiro que prepararia, num camião equipado para tal, refeições ao vivo. António José Ganhão considera que mais importante que ter um chefe ilustre numa roulotte a preparar cozinhados - reconhecendo embora mérito à iniciativa - é promover o que existe no concelho com a ajuda da estrutura que existe para o efeito. “A Entidade de Turismo está muito aquém daquilo que deve ser a sua missão e função”, realçou. António José Ganhão lembra que a escala de dimensão “Vale do Tejo” permite concretizar objectivos que são muito difíceis para um município isoladamente. “É por isso que estamos aglomerados, mas a entidade de turismo não tem cumprido este papel em nossa opinião”.O autarca considera que àquela entidade cumpre um papel importantíssimo na articulação daquilo que devem ser as políticas deste sector que visa a valorização dos produtos regionais, designadamente da gastronomia, equipamentos turísticos e potencial turístico de uma sub-região.“Não queremos uma região de turismo para continuar a ter pessoas que vão ao estrangeiro para ver como é, andam em certames, mas no trabalho interno não se consegue articular e conjugar esforços no sentido de valorizar aquilo que nos pertence”, referiu a O MIRANTE.
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