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Martina Lopes 25 anos, estudante, Vila Franca de Xira

Martina Lopes 25 anos, estudante, Vila Franca de Xira

“A crise ainda não chegou ao meu bolso mas tenho de ser prudente. Vou este ano passar férias fora de Portugal porque vou ficar na casa de uma amiga, o que me permite gastar pouco e meter algum dinheiro de lado. Temos de poupar”.

Usa menos roupa nos dias de maior calor?Nem por isso, tenho o hábito de vestir sempre o mesmo número de peças. E como no carro e no trabalho tenho ar condicionado acabo por não ser das pessoas que mais sofrem com o calor. Sou da opinião, contudo, de que as coisas estão a mudar rapidamente no clima do nosso planeta. Sinto que estamos a ter cada vez mais excessos. De inverno temos chuvas rigorosas e de verão calor insuportável. É hora dos governantes e das empresas começarem a pensar um pouco no planeta e menos na carteira.A crise já lhe cortou o orçamento?Nem por isso, aliás, estou a pensar fazer férias no estrangeiro este ano. A crise ainda não chegou ao meu bolso mas tenho de ser prudente. Vou este ano passar férias fora de Portugal porque vou ficar na casa de uma amiga, o que me permite gastar pouco e meter algum dinheiro de lado. Temos de poupar.Uma virtude e um defeito dos vilafranquenses?Somos ainda um bocadinho vaidosos. Gostamos de mostrar ao nosso vizinho que somos mais importantes que ele. Vila Franca tem ainda um certo sentimento feudal que é muito difícil de apagar. Há cada vez menos, mas ainda existe, basta ver no colete encarnado a quantidade de pessoas pobres que andavam na festa da sardinha assada a levar sardinha dentro de sacos de plástico. Uma virtude que temos é sermos muito trabalhadores e esforçados. O vilafranquense gosta de trabalhar e fá-lo com afinco. Somos também muito humanistas, o que é bom numa sociedade cada vez mais egoísta.Se só tivesse mais um dia de vida o que faria?Levantava o meu dinheiro todo e dava-o a uma associação que precisasse ou a alguma pessoa pobre que encontrasse pelo caminho. Depois, lançava-me pelo mundo fora, sem destino, até que a hora chegasse. Não teria nenhum sítio em especial para ir. Mas teria muitas pessoas especiais com quem quereria falar primeiro antes de partir.Ainda acredita nos políticos?Acho que os políticos fazem o que lhes compete. Somos um país de gente que critica mas faz pouco. Os políticos têm muitos defeitos mas no geral fazem o que pensam ser melhor para o país. As pessoas esquecem-se que muitas vezes eles poderiam estar em cargos de gestão melhor remunerados do que num cargo público. E se estão é porque querem deixar vincada a sua marca nos destinos da nação. Acho que devemos confiar e, sobretudo, ter esperança na melhoria do quadro económico mundial.O aumento da taxa de desemprego preocupa-a?Sem dúvida, acho que devia preocupar todos os estudantes deste país. A situação não é famosa e caminhamos, infelizmente, para a cada vez maior precariedade do mercado de trabalho. Espero que as coisas melhorem. Fico preocupada também com o crescente número de falências nas empresas portuguesas.
Martina Lopes 25 anos, estudante, Vila Franca de Xira

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