Um pequeno grande Templário
Apesar do entusiasmo que mostrara durante toda a manhã, não foi fácil convencer o pequeno Adriano, de quatro anos, a tirar uma fotografia junto ao mouro, o escocês Lucien, que minutos antes havia “lutado” contra um templário na Porta da Almedina, no Castelo de Tomar. Manuel Navalho e João Patrício (ao centro) invocaram a extinção dos templários. O menino trouxe de casa a fantasia de cavaleiro, uma das suas favoritas, e foi um dos cerca de 70 espectadores que assistiu à evocação do Cerco de Tomar de 1190, recriada pela Templ’Anima – Associação Cultural com o apoio da câmara municipal. Pais e avós, naturais de Tomar mas a residir em França, aproveitaram esta época de férias para alimentar um pouco o imaginário do petiz que deu nas vistas por se apresentar vestido a rigor. “Ele adora tudo o que tem a ver com cavaleiros. Vimos que isto ia acontecer na internet e decidimos trazê-lo”, disse o pai de Adriano que também aproveitou a ocasião para registar o momento para a posteridade.A iniciativa “Reviver é Reaver – Cerco de 1190 ao Castelo Templário” juntou os participantes pelas 10h00 no posto de turismo. Ao som de uma gaita-de-foles e tambor, meteram-se a pé e fizeram o percurso pedonal entre a mata e o castelo, apoiados pelos comentários do professor Ernesto Jana e de Joaquim Nunes da Templ’Anima. Era já meio-dia e meia quando se deu início ao combate, recriando o que se viveu há 820 anos, quando novecentos guerreiros árabes chefiados por Almansor, rei de Marrocos, cercaram o castelo de Tomar. Lá dentro, cerca de duas centenas de defensores eram comandados por um velho guerreiro, de 72 anos, Gualdim Pais. O cerco durou seis dias e os mouros chegaram a conseguir transpor a porta de Almedina que, nesse tempo, dava acesso à povoação dentro das muralhas. Mas os cavaleiros templários foram ao seu encontro e conseguiram repelir o ataque. O combate foi tão violento que, a partir daí, a porta de Almedina passou a chamar-se porta do Sangue. Elsa Ribeiro Gonçalves
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