Benavente prepara plano de contenção face à redução de receitas em 2010
Documento deverá ser concluído ainda durante o mês de Julho
A quebra de receitas no município de Benavente nos primeiros seis meses de 2010 vai levar a câmara municipal a apresentar um plano de contenção ainda durante o mês de Julho.
A diminuição de receitas – provenientes dos impostos municipais – vai levar a Câmara Municipal de Benavente a apresentar ainda em Julho um plano de contenção. A autarquia regista neste momento uma quebra das receitas orçamentadas. A taxa de execução anda na ordem dos nove milhões e meio de euros quando deveria atingir os 11 milhões. “Isto deve-se fundamentalmente a alguma diminuição das receitas próprias, aquelas que provêm dos impostos municipais directos e indirectos”, explica o presidente da Câmara Muncipal de Benavente, António José Ganhão (CDU) a O MIRANTE, salientando que tem que registar-se um equilíbrio entre a receita corrente e a despesa. O autarca lembra que o sector da construção civil paralisou, realidade que se fez sentir também no concelho. “O número de licenças e taxas associadas diminuiu drasticamente. Pode ser que melhore alguma coisa no segundo semestre, mas não acredito muito”, avaliou. Se a autarquia não tivesse ainda saldo do ano anterior as contas estariam negativas, revela António José Ganhão. A Câmara Municipal de Benavente é uma das autarquias da região com as contas mais confortáveis, o que para o autarca não é suficiente. “Temos que poupar mais ou começamos a ficar como outras autarquias que mal se descuidaram ficaram com dívidas e que depois não conseguem pagar”.A situação é mais grave ainda tendo em conta que a autarquia tinha a capacidade de endividamento por esgotar ao contrário de outras câmaras. “Agora estamos limitados. Poupámos, não gastámos e fomos penalizados exactamente como os outros. O que leva a que tenhamos todo o cuidado para poder manter a câmara em situação de equilíbrio financeiro para pagar aos nossos fornecedores”. O presidente da autarquia considera desleal para quem trabalha com a câmara municipal não receber ou receber apenas quando há dinheiro. “Essa situação é que torna insustentável qualquer empresa que trabalhe connosco. Isso não está em vias de acontecer. Temos os pagamentos em dia e para que se mantenham em dia é que estamos a discutir isto com esta pertinência e com esta equidade”. O plano de contenção, que deverá ser apresentado ainda em Julho, deverá ser reavaliado mês a mês. “Se as medidas não forem suficientes - e se não queremos ficar a dever nada a ninguém - temos que cortar as nossas despesas. Não há outra forma”, conclui.
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