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Carlos Braga Reformado, 61 anos, Vialonga

Carlos Braga Reformado, 61 anos, Vialonga

“Hoje estamos a atravessar uma crise bastante acentuada de valores. Importa realmente repensarmos toda esta situação e aqueles mais conscientes trabalharem no sentido de que haja uma inversão porque a caminharmos neste sentido a crise será sempre para os mesmos, a bonança também para os do costume e as diferenças entre ricos e pobres acentuar-se-ão cada vez mais”.

Onde vai gozar as férias?Como já estou reformado não passo férias num determinado sítio. Costumo dar uma volta pelo país. Vou cinco ou seis dias para uma zona e depois vou variando juntamente com a minha companheira. Gosto de percorrer Portugal porque é bonito, come-se bem e deve apreciar-se o que cá está dentro em primeiro lugar. E tendo em conta a crise económica também não nos podemos alargar muito em termos de gastos. Como olha para o caso da agência de viagens Marsans?É mais um caso em que são prejudicadas milhares de pessoas. Quase que apetece dizer que o crime compensa, uma vez que os responsáveis sentem as costas quentes pelo não funcionamento das entidades que deveriam actuar sobre estas situações. O prejudicado é sempre o Zé-povinho porque paga e depois acaba por não reaver o dinheiro nem gozar as férias a que tinha direito depois de um ano de trabalho.Que análise faz da pré época dos três grandes?Como Sportinguista que sou tenho de reconhecer que o meu clube parte um bocado atrasado em relação aos outros dois rivais. Mas por aquilo que foi dado a observar no jogo de apresentação aos sócios acredito que o Sporting está no bom caminho e que esta época irá fazer melhor que na temporada anterior. Penso que vai encontrar condições para lutar de igual para igual durante o campeonato e discutir o título até ao final. O Porto e o Benfica fizeram aquisições mais sonantes, mais caras, têm mais dinheiro e meios financeiros. Mas no final é que se fazem as contas.A nossa sociedade atravessa uma crise de valores?Acho que sim. Mas tem sido essa mesma sociedade e este sistema capitalista que, em conjunto, têm induzido as pessoas a avançar para situações de egoísmo e do salve-se quem puder. Hoje estamos a atravessar uma crise bastante acentuada de valores. Importa realmente repensarmos toda esta situação e aqueles mais conscientes trabalharem no sentido de que haja uma inversão porque a caminharmos neste sentido a crise será sempre para os mesmos, a bonança também para os do costume e as diferenças entre ricos e pobres acentuar-se-ão cada vez mais.Tem apertado o cinto?Claro que tenho. Sou português. Independentemente de estar reformado há uma crise. Compro as coisas onde todos os outros cidadãos também compram pelos mesmos valores. Tenho feito alguma contenção em determinados gastos porque sou obrigado a isso. Como viveu o Colete Encarnado deste ano?Não sou aficionado e há muitos anos que não vou ao Colete Encarnado. Este ano não foi excepção. É uma festa que não me desperta muita curiosidade. Mas acredito que quem seja aficionado viva esta festa com grande intensidade. A mim, pessoalmente, não me diz muito.
Carlos Braga Reformado, 61 anos, Vialonga

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