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Paulo Sousa

Paulo Sousa

46 anos, técnico sector de cultura e turismo e fotógrafo, Sardoal

“Sou contra as SCUT por uma questão de princípio. Não tinham razão de existir se o nosso dinheiro fosse bem gerido por aqueles que ganham muito para o fazer”

Viver no Sardoal é...Um privilégio. Pela calma, pela qualidade de vida, pela paisagem, pela localização, pelo empenho com que trabalho para que o “meu” Sardoal seja tão apetecível para todos os sardoalenses como o é para mim.O que é que fazia com um milhão de euros?Garantia estabilidade financeira para o futuro e trabalhava apenas naquilo que gosto efectivamente de fazer: fotografia. E dava uma volta ao mundo, por etapas. Claro que dava o meu contributo ao Sardoal através de qualquer apoio numa obra, projecto social ou outro.Gosta de coleccionar coisas?Coisas materiais, apenas fotografias. Sou pouco materialista. Do outro lado, gosto de coleccionar experiências, vivências, viagens sobretudo dentro do país e muitos estados de alma que me convencem de que a vida tem algum sentido.Alguma vez assistiu a um julgamento?Só na televisão e no cinema. Concorda com as portagens nas SCUT?O nosso dinheiro tem sido esbanjado sistematicamente há  algumas décadas. Temos auto-estradas que não têm tráfego que justifique o seu custo, estádios de futebol que estão às moscas, escolas que sofreram obras recentemente e que vão ser encerradas. Temos submarinos, temos gestores, assessores e muitos outros que ganham rios de dinheiro para “ajudar” o executivo a governar e que não cumprem minimamente o seu papel. Sou contra as SCUT por uma questão de princípio. Não tinham razão de existir se o nosso dinheiro fosse bem gerido por aqueles que ganham muito, para o fazer. Já  ajudou a combater um incêndio florestal?Não. Mas já andei em várias frentes de fogo a fotografar. A fotografia também pode ser uma forma de combate. Tenho ainda na memória o levantamento fotográfico que fiz em 1995 quando o Sardoal foi atingido como nunca. Animais, arrecadações, cozinhas, casas inteiras. O fogo entrou por várias aldeias. Morreram várias pessoas. E lembro-me ainda que a caminho do cemitério gerou-se o pânico. Corria a noticia que ali ao lado o incêndio tinha-se reacendido... A fotografia pode sensibilizar, denunciar, registar e sobretudo alertar consciências. É outro “combate”.Quando faz pagamentos costumam exigir recibo?Por norma não, mas também já  reclamei algumas vezes e o resultado foi o mesmo. Não aconteceu nada...Tem algum blogue?Acompanho as novas tecnologias porque são essenciais no período que atravessamos. Estou no Facebook, 1000imagens, Olhares e também já tenho domínio próprio que está ainda em fase de inserção de conteúdos o www.paulodesousa.net. Mas é o http://objectivasubjectiva.blogspot.com que me faz ligar mais vezes à rede. É um blogue sobre fotografia, imagens e palavras pelo meio.
Paulo Sousa

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