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Candidato a presidente da Distrital do PS Santarém defende extinção dos Governos Civis

António Rodrigues que é presidente da câmara de Torres Novas chama-lhes “sorvedores de dinheiros públicos”

A actual titular do cargo de Governadora Civil de Santarém, a socialista Sónia Sanfona, diz que os Governos Civis devem continuar a existir mesmo que seja feita a regionalização.

Numa carta aberta ao primeiro-ministro, publicada no seu blog “Aqui&Agora” (http://araquieagora.blogspot.com/), o presidente da Câmara Municipal de Torres Novas e candidato a presidente da Distrital do PS (cargo que já ocupou), defende a extinção dos governos civis, afirmando que os mesmos não têm qualquer utilidade sendo meros “sorvedores de dinheiros públicos”. “Porque não eliminas esta apodrecida estrutura representativa do Governo, que de representação pouco ou nada tem? E tu sabes, tão bem como eu, que eles se arrastam penosamente, sem dinâmica política e sem factores acrescidos que tenham reflexos positivos nas populações”, escreve António Rodrigues num texto que abre com um “Meu Caro José Sócrates” e um pedido para que o destinatário tenha o seu conteúdo em consideração. “Vais desculpar a ousadia desta minha missiva electrónica, mas penso que… bem lá no fundo, acabarás por entendê-la e, porque não, até levá-la a sério. Aliás, seria desejável que o fizesses”, escreve.A justificação da proposta é dada a meio da carta, colocada no blog a 14 de Julho, após o autarca se referir às medidas do PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento). “Por falar em PEC e porque com um facilitismo demagógico se fala por aí em eliminar umas dezenas de câmaras, essas “malditas gastadoras”, tenho um para apresentar, aliás uma PEC, uma “proposta especial de contenção. Porque não acabas de uma vez por todas, e pela raiz, com esses sorvedores de dinheiros públicos que sempre foram e continuam a ser os Governos Civis…?”.António Rodrigues, um dos candidatos à liderança do PS Distrital de Santarém elogia a criação das Lojas do Cidadão, chamando-lhe “fantástica medida” e em contraponto compara os Governos Civis a outro tipo de lojas. (…) não tenhas qualquer dúvida que os governos civis têm tendência a transformar-se, cada vez mais, em autênticas mercearias de bairro, em que os utentes são sempre os mesmos. Do mesmo bairro, logo, quase todos da mesma família. E todos sabemos que sempre foi assim. Independentemente dos governos, laranjas ou rosas, os Governos Civis de governo nada tiveram. E nada governaram…”, afirma. A carta tem o título “A Mercearia” e é ilustrada com um pormenor de um daqueles antigos estabelecimentos onde surgem penduradas várias vassouras.E acrescenta antes de terminar “Com amizade” do “Teu camarada e amigo”. Se a levares a sério (a proposta de extinção dos Governos Civis), e ao contrário das SCUT, das autarquias, entre outras, em que os sacrifícios atingem largas centenas de milhares de cidadãos, estaremos aqui a falar de duas ou três centenas de beneficiados, aliás, prejudicados… os tais do mesmo bairro ou da mesma família…”.Outras opiniõesEm Junho de 2003 o então Secretário de Estado da Administração Local, Miguel Relvas, (actual secretário-geral do PSD) defendeu a extinção dos governos civis. Na altura estava em discussão a criação das Comunidades Urbanas.Em Janeiro deste ano a Governadora Civil de Santarém, Sónia Sanfona (PS) disse numa entrevista ao Rádio Clube de Santarém que os Governos Civis deveriam continuar a existir mesmo se fosse feita a regionalização.

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