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João Paulo Rosa

João Paulo Rosa

38 anos, Director da Escola Superior de Educação de Torres Novas

Nasceu em Torres Novas a 10 de Abril de 1972 e é na cidade do Almonda que reside e trabalha. Casado e com dois filhos, de oito e três anos, confessa que tem poucos tempos livres e que não consegue desligar facilmente do trabalho. Tem como filosofia de vida fazer tudo o que está ao seu alcance para ajudar os outros.

Toda a minha vida acabou por se desenvolver em Torres Novas. Estive sempre ligado a esta cidade, excepto quando tirei o curso de Informática de Gestão no ISLA em Santarém. No último ano da licenciatura, desenvolvi um projecto que consistia em implementar um sistema de informação integrado para a Escola Superior de Educação de Torres Novas (ESETN). As coisas correram bem e acabei por ser convidado para ficar a dar aulas de Informática. Não tinha quaisquer perspectivas de trabalho pelo que decidi agarrar esta oportunidade.Gosto de desafios e normalmente aceito a maioria dos convites que me fazem. Isso acaba por influenciar muito o percurso profissional até agora. Estive dois, três anos a dar aulas até que fui convidado para assumir a responsabilidade da parte administrativa da ESETN. Mais tarde acabei por assumir a gestão da direcção do Colégio Andrade Corvo, aqui ao lado. Quando a direcção da escola mudou para a Associação Promotora de Ensino e Formação, em 2004, convidaram-me para fazer parte da direcção como vice-director. Sou director da Escola Superior de Educação de Torres Novas desde Maio de 2009. Temos alunos que, ainda antes de terminarem o curso, conseguem ficar a trabalhar no seu local de estágio. Isso para mim é muito gratificante. Os alunos queixam-se que a escola tem fama de ser exigente, mas esta faceta acaba por ser benéfica para eles. Hoje as escolas não podem ser edifícios herméticos. Assisti a um projecto bastante interessante que vou tentar implantar na ESETN. Passa por preparar os alunos para todas as etapas que encontram, após a conclusão do curso, na busca do primeiro emprego. Muitos alunos queixam-se que as empresas procuram alguém com experiência e que não têm alguém que lhes dê essa primeira oportunidade. E os que têm esquecem-se de criar a necessidade da empresa em os manter lá. Preocupam-se apenas em cumprir com aquilo que lhes pedem. Não fazem a diferença e acabam por ser dispensados e a oportunidade passa. Depois torna-se mais difícil arranjar um local para trabalhar. “Quem ama, educa sempre” é a filosofia de ensino desta escola. Tentamos, sempre quanto possível, acompanhar os nossos alunos para que tenham o maior sucesso possível. Trabalhamos com eles para além do período das aulas para que terminem o curso com sucesso. Têm que entender que, quando saírem daqui, a maneira como lidam com as pessoas faz toda a diferença. Costumo dizer que do horário de trabalho só tenho garantida a hora de entrada. Por volta das nove horas estou na escola. Nunca faço menos de dez horas por dia uma vez que em casa ainda trabalho à noite. Quando chego, ligo o computador, vejo os e-mails, leio os jornais e o Diário da República. Depois trato das tarefas pendentes e resolvo o que vai surgindo. Tenho as minhas tarefas programadas na agenda do Outlook. Utilizo os lembretes do telemóvel que me avisam do que tenho marcado. Sou uma pessoa metódica. Organizo a minha semana de trabalho ao domingo. Gostava de conseguir desligar ao fim-de-semana mas não consigo, por mais que tente. Mesmo em férias ligo para a escola para saber se há novidades. Normalmente tiro três semanas de férias. Gostava de ter mais tempos livres. Especialmente para poder fazer algum desporto que sempre dá para desanuviar um bocadinho. Gosto de ar puro e do contacto com a natureza. Há alturas do ano em que dá para ir ao cinema, ir dar uma volta e espairecer ao fim de semana. Gosto de passear e de ir à praia, mesmo no Inverno. Mas se queremos ter as coisas em dia no trabalho, isso consome-nos todo o tempo disponível. Aquele que devíamos dedicar à família e o que temos para dormir e descansar. Tento, tanto quanto possível, fazer tudo o que está ao alcance para ajudar os outros. Infelizmente esta filosofia acaba por se aplicar mais à parte profissional do que à família que acaba por se queixar que estou sempre mais disponível para os outros do que propriamente para eles. Gosto de ver as coisas perfeitas. Se for preciso arregaço as mangas para mudar uma lâmpada. Faço e fica feito. Elsa Ribeiro Gonçalves
João Paulo Rosa

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