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31 anos do jornal o Mirante

Abel Vieira

51 anos, empresário industrial, Várzea (Ourém)

“Se eu tivesse a sorte ou a desgraça de ganhar o euromilhões ia ser um desespero, porque não tenho confiança no sistema do nosso país. Pôr no banco? Investir? Provavelmente ia gozar bem a vida até o dinheiro se esgotar. Não há confiança neste momento para se fazerem investimentos”.

Para onde não iria de férias este Verão?Iria para todo o lado, mesmo para o fim do mundo. Já estive em Angola, por exemplo, e gostei da experiência. Fui ver com os meus olhos aquilo em que não acreditaria se me contassem. Para passear estou sempre pronto. É mais fácil fazer uma viagem para um sítio desconhecido do que ir para a praia.O que achou da prestação da Selecção Nacional de futebol no Mundial?Em 100 por cento, dou-lhes 50. Eles mostraram isso neste Mundial. Ninguém obriga ninguém a conseguir o primeiro lugar, mas depois de um jogo de 7-0, eles desiludiram. É uma equipa sem estabilidade. Um pouco à imagem do país. Interessa-lhe mesmo saber quem é a mãe do filho de Cristiano Ronaldo?Não, nada. A vida não é minha. Dele nem me interessa o dinheiro. Dão demasiada importância ao assunto e os jornalistas são um pouco culpados. Às vezes exagera-se. Se ele foi pai, que culpa tenho eu?O que faria se ganhasse um jackpot no euromilhões? Se eu tivesse a sorte ou a desgraça de ganhar o euromilhões ia ser um desespero, porque não tenho confiança no sistema do nosso país. Pôr no banco? Investir? Provavelmente ia gozar bem a vida até o dinheiro se esgotar. Não há confiança neste momento para se fazerem investimentos.Qual a pena que deve levar o assassino da Lourinhã?O que deveria acontecer a todos, desde que sejam culpados. Pena máxima, apesar de em Portugal ela não ser muito pesada. Eu era muito amigo daquela família do Olival que foi assassinada há uns anos e o assassino já cumpriu quase a pena toda. Eu nunca mais teria confiança nessa pessoa. Se ele fosse meu vizinho eu nunca mais teria sossego. Qual seria a pena máxima ideal?A pena máxima ideal seria prisão perpétua. A pena de morte não resolve nada. Acaba por ser um castigo leve. É menos penoso ter um AVC e morrer de imediato do que ficar vivo a dar trabalho aos outros e a sofrer. Se a morte é algo de certo na vida de todos, eles têm é que viver.Porque é que os casamentos não resultam? É uma boa pergunta. Tem um pouco a ver com as pessoas não se conseguirem compreender e com uma certa dose de egoísmo. Se não houver tolerância, quando há faísca, acaba tudo. E cada vez há menos tolerância.

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