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A devoção dos soldados da paz

A devoção dos soldados da paz

Depois de uma noite longa em que assistiram os feridos nas largadas de toiros das festas de Samora Correia, concelho de Benavente, os bombeiros voluntários da cidade cumpriram a tradição e, vestidos com o uniforme de gala, levaram em ombros uma das santas padroeiras da terra, Nossa Senhora da Oliveira. Na tarde de domingo, 15 de Agosto, os voluntários, liderados pelo segundo comandante António Gomes (primeiro a contar da direita), esqueceram por momentos os duros incêndios que enfrentaram nas semanas anteriores e entregaram-se à devoção num retiro de fé em que agradeceram a protecção, sentida nas situações mais difíceis. “Foi uma ideia minha. Há 15 anos decidimos pegar no andor da padroeira. As senhoras da igreja ficaram muito contentes porque é um dos andores mais pesados e castiga muito os ombros de quem o carrega. Mas vale a pena o esforço em nome da nossa fé”, refere o segundo comandante, momentos depois de ter deixado a imagem da Santa na Igreja Matriz, após uma procissão de mais de um quilómetro – pelas ruas da cidade – que durou cerca de hora e meia e foi acompanhada por centenas de pessoas. A procissão – a última do padre da paróquia Tarcísio Pinheiro – contou com mais de uma dúzia de imagens e santos, levados por peregrinos, que pagaram as suas promessas e agradeceram a protecção em quem depositam a sua fé. A imagem de Nossa Senhora de Alcamé foi levada por campinos de todas as idades enquanto Nossa Senhora de Fátima ficou confiada aos ombros de uma família, rodeada de dezenas de pessoas que pagam as suas promessas nesta altura do ano. “Sobrevivi a uma doença muito má e todos os anos venho agradecer a Nossa Senhora de Fátima”, refere uma das devotas que caminha descalça atrás da imagem. Jorge Afonso da Silva
A devoção dos soldados da paz

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