Fusão das associações de agricultura de Abrantes e Chamusca para “ganhar escala e peso político”
Nova instituição vai representar 600 agricultores e 100 mil hectares de terrenos agrícolas e florestais
Para os responsáveis da associação esta fusão é importante para a racionalização de meios técnicos e humanos.
As Associações de Agricultores de Chamusca e Abrantes anunciaram na terça-feira, 10 de Agosto, que vão avançar com um processo de fusão institucional, com vista ao ganho de “escala e peso político e económico”. Fundadas em 1985 e 1989, respectivamente, a associação de agricultores dos concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação e a Associação dos Agricultores de Charneca - ACHAR (que engloba os municípios de Chamusca, Almeirim e Alpiarça) representam cerca de seis centenas de agricultores e uma área de 100 mil hectares de terrenos agrícolas e florestais.Luís Damas, da associação de Abrantes, disse que o processo é “importante”, visando a melhoria económica dos associados, através da “optimização dos recursos”. A fusão das duas entidades, processo que vai ser ratificado em assembleia-geral, “visa ganhar escala, dimensão, peso político e económico, além de outras complementaridades que, de parte a parte, se podem majorar”, acrescentou o presidente e fundador da ACHAR, Carlos Amaral Netto.Segundo Luís Damas, a fusão das associações é importante em termos de “racionalização de meios técnicos e humanos”, num processo em que as duas entidades, uma mais especializada na parte florestal e outra no sector agrícola, “não perdem identidade, antes assumem um perfil polivalente e pluridisciplinar”. “A ideia é manter dois pólos, um em Abrantes e um outro em Chamusca, disse o responsável, acrescentando que o processo de fusão poderá vir a abranger, futuramente, os concelhos de Tomar e Vila Nova da Barquinha, municípios hoje “sem expressão associativa de relevo”.“Uma instituição que representa 600 agricultores e 100 mil hectares de terrenos agrícolas e florestais já apresenta um peso negocial muito grande e é um número que dá garantias de ganhos de eficiência, de produção e de certificação que permitirá negociar com rendimento de escala para os agricultores associados”, sublinhou. Luís Damas disse, ainda, que o processo de fusão das duas entidades “é um ponto de partida, não de chegada” para “novos desafios e novos projectos”, que passarão pelo ordenamento e planeamento florestal, a defesa da floresta contra incêndios, a certificação florestal e uma aposta no bem-estar ambiental e animal.
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