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Paulo Nogueira

Paulo Nogueira

37 anos, bombeiro, Vialonga
Os incêndios têm quase sempre mão criminosa? Eu não sei se têm mão criminosa. Isso compete às autoridades de investigação criminal investigar. Mas é difícil não pensar em mão criminosa quando temos incêndios que deflagram às duas da manhã no meio de uma serra. Esse tipo de fogo não nasce ali, teve de ser plantado. Vai de férias este ano?Este ano nem vou ter férias. Como sou bombeiro não convém. Não é que não possa tirar uns dias, mas esta é uma altura muito crítica e 2010 está a ser um ano muito atípico. 2003 e 2005 também foram outros anos muito difíceis para nós. O país, neste momento, está a viver uma altura de grandes incêndios, obrigando à mobilização de muitos meios a nível nacional, para defender e salvaguardar os bens das pessoas. Já pensou fundar um partido político?Nunca pensei nisso. Gosto muito da minha terra e do meu concelho e tento dar a minha contribuição a nível local. Em Vialonga gosto de tudo, sobretudo das pessoas. Nos últimos anos houve uma evolução muito significativa da nossa freguesia mas mesmo assim temos falta de muitos equipamentos importantes, como o novo quartel dos bombeiros, as piscinas municipais, complexo desportivo do Grupo Desportivo de Vialonga, o novo centro de saúde e o hospital da Flamenga. Há muitos equipamentos que têm de ser melhorados, alterados ou criados de raíz.Como vê a chegada de tantos emigrantes a Portugal nas férias de Verão?Não me faz confusão. Somos um país com um longo historial de emigração. Eu gosto de receber e o emigrante gosta de vir à sua terra natal. Quando as pessoas vão para o estrangeiro não o fazem por vontade própria, mas sim porque o país já não consegue oferecer o que eles procuram e muitas vezes merecem. Vão em busca de melhores condições de vida para si próprios e para a família. Até podem trazer melhores condições para as colectividades da terra. Prova disso é que muitos dos nossos emigrantes contribuem com verbas para o lugar onde nasceram, onde viveram e de onde um dia tiveram de partir em busca de uma vida melhor.E se um dia já não pudesse consumir gasolina ou gasóleo?Teria que andar de bicicleta como os chineses (risos). Honestamente não me faria confusão nenhuma. Actualmente já vou para o trabalho a pé. A bicicleta é um bom meio de transporte que poderia ser mais incrementado se houvesse condições dentro das vilas e cidades para isso.É utilizador de internet?Não dispenso uma pesquisa na internet. Temos essa ferramenta ao nosso dispor para acedermos mais facilmente à informação neste mundo globalizado em que vivemos.
Paulo Nogueira

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