
Câmara da Chamusca apresenta candidatura ao QREN para financiar construção do lar de idosos da Carregueira
Autarquia recebeu verbas de empresas para esse fim mas gastou-as noutros investimentos
O concurso público para adjudicação da empreitada da nova fase de construção do lar já foi publicado no Diário da República.
A Câmara Municipal da Chamusca gastou o dinheiro que recebeu das contrapartidas pela instalação de empresas no Eco-Parque do Relvão e que se destinava a financiar a construção do Lar de Idosos da Carregueira. Agora, com o concurso para a obra publicado em Diário da República, vai avançar com uma candidatura ao QREN - Quadro de Referência Estratégica Nacional para tentar obter financiamento europeu. A direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira aceitou sem qualquer problema essa solução. “Sabemos que a câmara recebeu o dinheiro, mas também sabemos que o gastou noutras obras, por isso iria ter dificuldades em financiar a obra do lar. Não nos opusemos à candidatura, pelo contrário, achámos bem que se fizesse. O que nós queremos é a obra feita o mais rápido possível, porque temos utentes já à espera”, garantiu o presidente da instituição, Duarte Arsénio.O concurso público para a nova fase de construção do lar já foi publicado no Diário da República, uma notícia que tem um significado especial para a direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira, que gere a valência do centro de dia e é a dona da obra do lar.Segundo o presidente da direcção, Duarte Arsénio, a 1ª fase da obra arrancou em força, mas a determinada altura a empresa que estava a fazer a construção faliu e a obra parou durante vários meses. “Foi uma situação frustrante para todos nós, tudo estava a andar bem e de repente ficámos com o menino nas mãos”.A direcção e a Câmara Municipal da Chamusca não pararam e partiram para um novo concurso, denominado de 3ª fase, que agora foi publicado no Diário da República. Duarte Arsénio acredita que dentro de cinco ou seis meses a obra volte a arrancar. “Espero que só pare quando tudo estiver pronto para receber utentes”.O lar está a ser construído em terrenos ao lado do centro de dia e no projecto inicial não estava incluída a construção de cozinhas e lavandarias. “A ideia era aproveitar as actuais cozinhas e lavandaria do centro de dia, mas chegámos nós e a Segurança Social à conclusão de que estas não tinham capacidade para confeccionar todas as refeições para o lar e centro de dia, às quais ainda temos que juntar as refeições para a escola, jardim-de-infância e apoio domiciliário, Já nesta altura confeccionamos cerca de duas centenas e meia de refeições por dia”. Por isso, a construção daquelas duas valências está já adjudicada, por cerca de 240 mil euros, à empresa Eco-Edifica. “A obra a que chamamos a 2ª fase da obra do lar, vai avançar no início de Setembro”, garante Duarte Arsénio.O investimento previsto e em curso tem um valor de dois milhões e 155 mil euros a que acrescem ainda os valores para equipamentos, novos acessos e arranjos exteriores. Sabendo-se que a Câmara da Chamusca já recebeu uma verba de dois milhões e 188 mil euros resultantes de contrapartidas protocoladas com a instalação de empresas no Eco-Parque do Relvão, a direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira aceitou que a autarquia faça uma candidatura da obra ao apoio do QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional.Mas a direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira não pára e com os 130 mil euros de reembolso do IVA já recebidos, vai avançar ainda com a construção de quatro pequenas moradias junto ao lar. “Dos 130 mil euros reembolsados só temos em nosso poder 40 mil, os restantes 90 mil ficaram retidos na Câmara da Chamusca, foi como que um empréstimo, mas vamos avançar com esta 1ª fase de construção porque temos a promessa da autarquia de que quando o dinheiro for preciso ele vai aparecer”, disse Duarte Arsénio.As moradias destinam-se a ser vendidas a pessoas que tenham possibilidades, que queiram viver fora do Lar, mas com todo o acompanhamento do pessoal da instituição. “São vendas para a vida, quando as pessoas nos deixarem as casas revertem de novo para a instituição”.

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