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Moradores do centro histórico protestam na Câmara de Santarém

Residentes contra estacionamento pago em zona alargada da cidade

Empresa que construiu o Jardim da Liberdade ficou com monopólio de estacionamento à superfície por 20 anos.

O presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), sentiu na segunda-feira a insatisfação dos munícipes, manifestada de forma colectiva e de viva voz, quando cerca de sete dezenas de pessoas encheram o salão nobre dos paços do concelho para protestar contra a implantação de estacionamento pago no centro histórico da cidade.Mais ou menos contidos, com mais ou menos diplomacia, os manifestantes deixaram clara a sua antipatia contra essa medida mas acabaram por sair aparentemente resignados quanto à sua sorte. Ou seja: quem tiver menos de 65 anos e for residente na zona abrangida pelo estacionamento pago (um raio de 500 metros em torno do novo Jardim da Liberdade) se quiser estacionar mais em conta tem de comprar um dístico por automóvel que custa 25 euros anuais. Ou então sujeita-se aos preços do tarifário, que o executivo camarário aprovou nessa mesma segunda-feira, com os votos contra do PS, e que tem ainda de ser submetido à assembleia municipal. Das 20h00 às 08h00 o estacionamento é gratuito, tal como aos domingos e feriados. Aos sábados paga-se das 08h00 às 13h00. Os maiores de 65 anos não pagam.Os munícipes dizem ter sido apanhados de surpresa, mas a verdade é que, como lembrou Moita Flores, o processo já decorre há quatro anos, quando foi lançado o concurso público internacional para construção do Jardim da Liberdade e do respectivo parque de estacionamento subterrâneo, onde essa medida estava prevista. A parceria público-privada entre a Câmara de Santarém e a empresa Alexandre Barbosa Borges (ABB), que venceu o concurso, envolveu um negócio na ordem dos nove milhões de euros. A empresa minhota assumiu a construção do parque subterrâneo e do Jardim da Liberdade e ficou com o monopólio do estacionamento tarifado em Santarém - por 50 anos no parque subterrâneo e por 20 anos à superfície - a troco de uma renda anual de 240 mil euros. As alternativas para estacionamento gratuito mais próximas do centro são o Campo Infante da Câmara e o Largo do Choupal.Os moradores queixam-se ainda que as marcações feitas no pavimento pela empresa que vai explorar o estacionamento diminuiu o número de lugares, dizendo ainda que há lugares marcados que são inconcebíveis, designadamente na faixa de rodagem, como acontece na avenida António dos Santos. Moita Flores tentou acalmar os ânimos e disponibilizou-se para ir ao terreno com seis representantes dos moradores para avaliar essas situações que podem estar erradas, para eventual posterior correcção.

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