uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Tertúlia vilafranquense evoca memória do cavaleiro José Mestre Batista

Tertúlia vilafranquense evoca memória do cavaleiro José Mestre Batista

Nasceu em Reguengos de Monsaraz, mas apaixonou-se por Vila Franca, onde está sepultado

Para evocar os 25 anos da morte do cavaleiro José Mestre Batista a cidade de Vila Franca de Xira recebeu alguns dos nomes mais importantes da tauromaquia nacional. O cavaleiro nasceu no concelho de Reguengos de Monsaraz mas foi por Vila Franca que se apaixonou e onde se encontra sepultado.

Um cavaleiro “fugaz e arrematador”, que colocava toda a praça em pé a aplaudir, mesmo antes de cravar “com brio e entusiasmo” o último ferro da corrida. Assim era o cavaleiro José Mestre Batista, recordado pelos amigos na tarde de quarta-feira, 22 de Setembro, em Vila Franca de Xira.A cerimónia de evocação dos 25 anos da sua morte foi realizada na tertúlia “O Aficionado”, em Vila Franca, e contou com a presença da viúva de José Batista, Tina Batista, e de vários nomes importantes da tauromaquia nacional, como os cavaleiros António Ribeiro Telles, Rui Salvador e Joaquim Bastinhas. Não faltaram os matadores de toiros, como Mário Coelho, empresários e amigos da família Batista e autarcas. José Mestre Batista foi um dos mais influentes cavaleiros dos anos 60 e 70, morrendo precocemente de um ataque de asma em 1985. Apesar de ser natural de São Marcos do Campo, concelho de Reguengos de Monsaraz, foi por Vila Franca de Xira que se apaixonou. Viveu e casou em Vila Franca, acabando por ser sepultado na cidade. Além da cerimónia de evocação da sua memória a ocasião serviu também para inaugurar uma exposição dedicada ao cavaleiro, que estará patente até 3 de Outubro (ver caixa).“Naquela altura havia uma competição acesa entre o toureiro Luís Miguel da Veiga, que praticava um toureio clássico - aquilo era uma explosão de novidade a que ninguém ficava indiferente – e o toureio do Batista. Todos sentíamos na praça a forma como ele avançava para o toiro. Ele tornava a festa melhor, elevava-a a um modelo a que não estávamos habituados. Era também um homem particularmente interessante e enchia a praça de mulheres”, recordou a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha. O cavaleiro Rui Salvador, para quem a cidade de Vila Franca continua a ser “um marco importante da tauromaquia nacional”, recordou o homenageado. “Era um ídolo muito forte, o sonho de qualquer jovem que via o Mestre Batista era ser como ele. Tive a sorte de o ter como amigo, conselheiro e como padrinho de alternativa, fui o último afilhado que ele teve e hoje em dia sinto-me muito honrado por ter conseguido privar com ele e beber alguns dos seus ensinamentos”, refere o cavaleiro a O MIRANTE. “Recordo a paixão que ele tinha pelo toureio. O humor e a sua maneira de ser era muito invulgar. Era único”, disse. Para outro cavaleiro, António Ribeiro Telles, preservar a memória de Mestre Batista é importante em Vila Franca de Xira. “Era a terra onde vivia e onde casou. O Batista era daqueles que marcam uma época e nunca mais nos vamos esquecer disso”, referiu ao nosso jornal.Um homem ligado à cidade que era a favor dos toiros de morteA tertúlia “O Aficionado”, em Vila Franca de Xira, evoca numa exposição patente até ao dia 3 de Outubro a memória do cavaleiro José Mestre Batista, emblemática figura do panorama tauromáquico nacional. O cavaleiro viveu grande parte da sua vida em Vila Franca de Xira e estabeleceu com a cidade laços e memórias importantes, tendo sido enterrado no cemitério da freguesia. No dia 7 de Maio de 1976 esteve como director de corrida na praça de toiros Palha Blanco e autorizou a morte de quatro animais. “Esta exposição surge na sequência dos 25 anos da morte do Mestre Batista. A exposição tem um espólio que nos foi emprestado pela viúva, Tina Batista, e que é composta por seis casacas do cavaleiro, incluindo a primeira e a última que ele usou em corrida, um espólio fotográfico e objectos de uso pessoal como o capote e a samarra com pele de cavalo”, refere a O MIRANTE Nelson Lima, da tertúlia “O Aficionado”. Na exposição pode também ser observada a pata e o rabo do cavalo “Falcão”. A tertúlia fica situada na Travessa do Mercado, número 12, e a exposição pode ser visitada nos dias úteis entre as 18h00 e as 20h00 e entre as 21h00 e as 23h00. Aos sábados e domingos o espólio pode ser visto entre as 15h00 e as 19h00.
Tertúlia vilafranquense evoca memória do cavaleiro José Mestre Batista

Mais Notícias

    A carregar...