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Campo da Hortinha em Alhandra sem condições para receber jovens atletas do concelho

150 crianças fazem desporto num complexo “sem o mínimo de condições”, alertam os responsáveis

O posto médico do Campo da Hortinha, em Alhandra, está em avançado estado de degradação, os balneários estão bafientos e o campo de terra batida obriga os jovens atletas a correr na lama durante o inverno. Mais de 150 crianças do Alhandra Sporting Clube praticam desporto num complexo sem condições que já soma meio século de existência.

O Campo da Hortinha em Alhandra, onde funciona a secção de futebol do Alhandra Sporting Clube, está em avançado estado de degradação e não oferece conforto aos atletas que o usam, sobretudo crianças. 150 Jovens são obrigados a praticar desporto em condições “que não são humanas”, lamenta o responsável do futebol do clube, António Oliveira a O MIRANTE.Os balneários são bafientos e sem condições. O posto médico está em avançado estado de degradação, tem infiltrações de água e humidades. As bancadas não são confortáveis e o campo é duro de verão e um lamaçal de inverno. Todo o complexo tem mais de meio século e isso vê-se. As paredes estão rachadas, a tinta está apagada e nos dias de maior chuva o Rio Tejo invade o campo de futebol e obriga a interromper os jogos.“Os jovens treinam em condições degradantes. De todo o concelho somos o clube que tem o pior campo e as piores instalações. E isso vê-se, não se precisa de ser cientista para ver. Isto não tem as mínimas condições, pelo menos dignas, para a prática do futebol. Estas infraestruturas estão todas velhas”, lamenta o responsável, enquanto mostra à reportagem de O MIRANTE as fracas condições em que os técnicos e jogadores realizam o seu trabalho. O que vai valendo, garante, é o amor à camisola da população, dos pais e de alguns – mas poucos – empresários do concelho. “Se não fossem os pais isto já estava fechado, eles têm ajudado muito. Mas ver as actuais instalações é algo que nos revolta e entristece, não só a mim como aos pais e aos alhandrenses, que mereciam bem melhor. Somos um clube com 90 anos de história e não se vê a câmara a fazer nada por isto. Cada vez vai cortando mais e mais. Já tive duas reuniões com a presidente Maria da Luz Rosinha em que me foi dito que as coisas iriam ser resolvidas mas ficou tudo na mesma”, refere António Oliveira com mágoa.Actualmente a secção dá formação a jovens, dos escalões de escolas até juniores e funciona com pouco mais de 40 mil euros anuais. Segundo o responsável existe um protocolo assinado entre a cimenteira Cimpor e a Câmara Municipal, onde a primeira se compromete com 450 mil euros para a construção do futuro complexo desportivo. “O problema é que se falou em construir o complexo nos terrenos da Cimianto, que estava em processo de insolvência, mas depois com a reviravolta que se viu ficou tudo num impasse. Também sinto que não tem havido uma força por parte da presidente para resolver este problema mais rapidamente e dar dignidade aos miúdos que aqui jogam”, critica.Em resposta a presidente do município, Maria da Luz Rosinha, disse estar “bem ciente” dos problemas existentes no Campo da Hortinha e prometeu resolver o problema até ao final do seu mandato.“O momento não é o mais fácil. O Alhandra Sporting Clube tem um conjunto de compromissos assumidos e não pode com ligeireza meter-se noutro. Existe uma verba da Cimpor prevista para as obras e a câmara tem o compromisso de adquirir o terreno à Cimianto para esse fim. Aquele terreno foi dado como garantia bancária e o processo está a decorrer”, explicou a edil.

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