O jogo, disputado num terreno pelado sem condições para a prática da modalidade a este nível, foi empolgante. As duas equipas entraram em campo dispostas a vencer, e mantiveram a dúvida no resultado até ao último apito do árbitro.Começou melhor o Cartaxo que dominou durante os primeiros 10 minutos e criou logo aos oito minutos uma boa oportunidade para marcar, mas Gil Simão desperdiçou atirando ao lado.Os jogadores da Casa do Povo do Pego assentaram e começaram a ameaçar a baliza cartaxense, Nuno Mateus começou a ser um quebra cabeças para a defensiva adversária, bem secundado por Luís Gomes e Paulo Jorge, foram criando perigo. Por duas vezes tiveram o golo à sua mercê.Mas o primeiro golo para o Pego surgiu apenas em cima do intervalo. Na marcação de um livre descaído para a esquerda, Igor colocou a bola na área do Cartaxo e Sudesh, na tentativa de desviar a bola, cabeceou-a para dentro da própria baliza.Os cartaxenses saíram para o intervalo a perder 1-0, mas podia ter sido ainda pior. Já em período de compensação da primeira parte, Nuno Mateus conseguiu isolar-se, entrar na área e só frente a Tiago Travessa não conseguiu concretizar. Deixou que Bernardo viesse de longe em velocidade e cortasse a bola para canto.Na segunda parte, a perder, o treinador do Cartaxo, Cláudio Madruga arriscou tudo, tirou defesas e médio e colocou avançados. Sofreu alguns calafrios, mas acabou por ver a sua equipa chegar ao empate. Quando iam decorridos 85 minutos de jogo, Bernardo aproveitou bem um cruzamento da esquerda, para com um remate forte, bater João Gomes. O empate foi o resultado justo num jogo que as duas equipas lutaram por vencer.Os dois treinadores consideraram o resultado justoNo final do jogo os técnicos das duas equipas consideraram o empate como resultado mais justo. O treinador do Cartaxo, Cláudio Madruga aplaude a postura dos seus jogadores que, num campo duplamente difícil, pelo adversário e por ser pelado, se bateram muito bem. “Os meus jogadores esqueceram o mau resultado da última jornada e tiveram uma atitude extraordinária. Tudo fizemos para vencer. Não conseguimos mas levamos um empate justo”.Quanto aos objectivos estão a ser plenamente cumpridos. “Queremos ficar nos seis primeiros e isso está perfeitamente ao nosso alcance. Estamos dentro desses lugares e estamos apenas a dois pontos do líder”.O treinador do Pego, destacou o espírito de luta da sua equipa. “Temos um grupo de trabalho excelente, mais do que jogadores são meus amigos, querem sempre vencer. Sabem que não temos as mesmas possibilidades dos nossos adversários, mas também têm consciência do seu valor e isso vai chegando para surpreender muita gente”.Para Fernando Costa as dificuldades são muitas, quer nos treinos em que só conta com todo o plantel à sexta-feira, quer no terreno de jogo. “Não nos sentimos em nada inferiores aos nossos adversários, temos pena de não ter as mesmas condições. Continuamos à espera de um sintético aqui para o nosso campo. Vamos ver se uma noite destas aparece alguém a dizer que esse sonho pode ser concretizado”.Aliás, Fernando Costa que já há vários anos luta pela organização do futebol sénior no Pego, sente que a questão do piso do campo pode ser resolvida com a ajuda de todos. “Temos um projecto muito bom para a requalificação do campo, vamos apresentá-lo a algumas empresas e à autarquia, por isso estou convencido de que o projecto irá por diante a curto prazo. Nós pelo que trabalhamos merecemos que nos apoiem”.