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Garboso Manuel Serra d’Aire

Parece que o escritor António Lobo Antunes vai no dia 13 de Novembro a Tomar. Parece, sublinho eu, porque, não vá o Diabo tecê-las e o autor voltar a deixar os admiradores nabantinos pendurados, como aconteceu da outra vez. Pelo sim pelo não, ao que consta já terão amordaçado e algemado o vereador Luís Ferreira (como os gauleses da aldeia de Astérix faziam ao bardo da terra) na sala do capítulo do Convento de Cristo para evitar mais problemas políticos oriundos das opiniões do reputado autarca socialista.Como deves saber, a excêntrica coligação PSD/PS que governa a Câmara de Tomar esteve por um fio depois disso porque o presidente da câmara, que é do PSD, retirou os pelouros da Cultura e do Turismo ao socialista Luís Ferreira. A santa aliança abanou mas não caiu, porque se juntou a fome à vontade de comer. O PSD espicaçou o PS para ver se este se punha na alheta. Mas os socialistas, que já não viam o padeiro há mais de uma década, preferiram ficar com umas migalhinhas de poder autárquico a armarem-se em heróis na oposição. O primeiro festival de magia da cidade de Rio Maior decorreu recentemente e, para surpresa minha, faltou no programa um dos magos mais conceituados da região: o presidente da Câmara de Torres Novas, António Rodrigues (o nome artístico é Dr. António Rodrigues), que no seu número mais recente sacou da cartola nada mais nada menos que 100 novas taxas para cobrar aos munícipes. Um número arriscado e nem sempre bem compreendido pelo público, mas que mostra o Houdini do Almonda (ou de Cabo Verde, dependendo da semana) em todo o seu esplendor. Bravo!Li também com atenção as críticas que o presidente da Nersant fez implicitamente ao presidente da Câmara do Cartaxo sobre a alegada estagnação económica do concelho e estarreci. É uma injustiça criticar Paulo Caldas (e, já agora, alguns antecessores) por não ajudar ao fomento empresarial, quando se sabe que no concelho do Cartaxo há diversas empresas de média dimensão a funcionar sem licença nas barbas da autarquia, o que aliás obrigou a câmara a fazer alterações ao PDM para as legalizar. Imagine-se agora o que diria José Eduardo Carvalho se a lei tivesse sido cumprida e essas empresas fossem encerradas. Ou nem tivessem aberto…Não se faz! Paulo Caldas pode ser criticado por guardar pistolas de colecção na mesinha de cabeceira, por andar de barba de 3 dias, por não conseguir aguentar os vereadores muito tempo, por ter saído do PS, mas não por entravar o desenvolvimento económico. Afinal de contas, não são muitos os autarcas que vão a julgamento por não terem embargado edificações de uma empresa. Portanto, a César o que é de César: o que ele merecia era uma medalha da Nersant! Entretanto o presidente da Câmara de Santarém anunciou a sua saída em Março de 2013. Mais um bocadinho e acabava o mandato, é verdade, mas como Moita Flores gosta de bons enredos não quis perder a oportunidade de assistir sentadinho no camarote à guerra da sua sucessão. E eu também estou ansioso. Vai ser um espectáculo.Cumprimentos outonais do Serafim das Neves

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