O mundo encantado do Grémio Dramático Povoense
No grupo de teatro do Grémio Dramático Povoense, na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, há actores dos 13 aos 70 anos. “Sinto-me muito bem no meio desta malta nova”, diz Maria Teresa Benavente, 44 anos, a educadora da princesa Beatriz na peça “O Príncipe Nabo”. De cabelos verdes levantados, com uma caracterização irrepreensível, Maria Teresa Benavente confessa que anda sempre de agulha na mão: “Somos nós que arranjamos a maior parte dos fatos que vestimos na peça. Eu é que ando sempre com a agulha atrás dos actores”, revela a rir-se. A pupila Beatriz, de vestido azul e nariz arrebitado agitando o leque, é interpretada por Kaddy Xavier, 24 anos, que quer representar até à velhice. “Gosto muito dos ensaios porque é aqui que verdadeiramente nos conhecemos uns aos outros”. Kaddy Xavier considera os actores do Grémio pessoas muito especiais que parecem ter sido escolhidas a dedo. Quem entra no teatro sente logo a proximidade que se vive na casa: “Damo-nos todos muito bem e esse sentimento acaba por passar para o público. Felizmente temos sempre casa cheia para todos os espectáculos que apresentamos”, confirma o encenador, Artur Neves, o príncipe Nabo na peça (ao centro na foto). Nenhum consegue ser actor a tempo inteiro, mas ali, no Grémio da Póvoa de Santa Iria, quando sobem ao palco, Maria Teresa Benavente, Artur Neves e Kaddy Xavier tem o dom de transformar-se em personagens de um mundo encantado. Eduarda Sousa
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